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Por conta das estiagens, principalmente no sudeste do país, onde se concentram as mais importantes reservas de água do país e onde, também, o consumo é mais alto, as usinas hidrelétricas tiveram a produção de energia reduzida e para suprir a demanda sempre crescente do país, o Governo Federal acionou as usinas termelétricas. Em meio às várias especulações sobre a possível crise energética brasileira, o gerente administrativo e financeiro da Termelétrica Borborema Energética, Sérgio Cândido, aproveitou a oportunidade para esclarecer algumas questões.
A crise do Sistema Cantareira está preocupando autoridades do país e já provoca transtornos na Grande São Paulo. O sistema, que é formado por seis represas, vem sofrendo com a falta de chuva, desde janeiro deste ano e os níveis do reservatório estão chegando a ponto de ser preciso utilizar o volume morto.
No início do ano, importantes medidas de apoio ao setor elétrico nacional foram divulgadas pelo Ministério da Fazenda e pelo Ministério de Minas e Energia. Uma das principais preocupações do consumidor é sobre a alta no valor da energia, já que a produção das termelétricas é mais complexa. “A razão da energia produzida pelas térmicas ter custo mais elevado decorre, basicamente, do tipo de insumo utilizado para a geração de energia, pois, a maioria das térmicas, utiliza óleo combustível como seu insumo principal, enquanto as hidrelétricas utilizam água”, explicou Sérgio Cândido.
No entanto, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou, no início do ano, que o governo deve adotar a medida aplicada em 2013 para evitar o repasse automático aos consumidores. Desta forma, neste primeiro momento, a verba do Tesouro será utilizada para os gastos com as termelétricas e, ao invés de repassar a conta de uma vez aos consumidores, decidiu parcelá-la em até cinco anos.
O acionamento das usinas termelétricas vem sendo utilizado desde o final de 2012 no país, para poupar a água dos reservatórios das hidrelétricas e evitar o risco de faltar energia ou de racionamentos, durante a época de seca. Sobre um possível apagão na Paraíba, Sérgio Cândido afirmou que o estado corre o mesmo risco que as demais regiões do país. “Como praticamente toda a malha energética do país está interligada, então o risco de apagão não é tratado isoladamente, no entanto as autoridades competentes têm insistido que o risco de desabastecimento inexiste. Podemos ficar tranquilos”, disse.
Uma das vantagens apontadas por Sérgio Cândido para a utilização das termelétricas é o suprimento imediato de uma demanda reprimida de energia elétrica, inexistente em outras fontes.
Ainda sobre a seca na Paraíba, Sérgio explicou que, assim como os demais estados, a Paraíba está sendo atingida pela falta de água, mas que as estiagens não afetam diretamente o fornecimento de energia na região. “Para a questão da geração de energia, a seca que vem acontecendo no Nordeste não tem muita influência, uma vez que os principais reservatórios, considerados para a questão de geração de energia elétrica, são alimentados justamente com as chuvas ocasionadas no inverno na região Sudeste”, de acordo com o gerente da Borborema Energética, as represas do Sudeste e Centro-Oeste, são responsáveis por cerca de 70% da capacidade de energia do Brasil.
Por conta das últimas estiagens, a termelétrica Borborema Energética foi acionado para operar em 5 de setembro de 2013 na capacidade máxima de 169 MW. “Não há previsão de suspensão da operação das térmicas, pois os níveis dos principais reservatórios do país não têm evoluído a contento para que essa condição seja considerada”, finalizou.
Sobre a Termelétrica Borborema Energética
A Borborema Energética S.A, é uma usina termoelétrica especializada em geração de energia elétrica através de combustão (queima de combustível) transformando energia mecânica em energia elétrica e com capacidade instalada para produzir 169 MW, o que garante energia para abastecer uma população de mais de quinhentos mil habitantes.
Inaugurada em 2011, em Campina Grande, no interior da Paraíba, a Borborema Energética atua com exclusividade, atendendo a 36 distribuidoras localizadas em vários Estados, incluindo a Paraíba.
A energia é produzida através de motores desenvolvidos com a mais avançada tecnologia existente no mundo. A energia gerada pela usina é entregue à subestação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), em Campina Grande, que através de suas linhas de transmissão a encaminha para as distribuidoras espalhadas por todo pais.
Da Assessoria
BOLETIM DA REDAÇÃO - 16/12/2025
