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“Bandidos’, diz presidente de Câmara com manifestantes

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publicado em 08/08/2013 às 09h32

O presidente da Câmara de Vereadores de Campinas (SP), Campos Filho (DEM), chamou de “facínoras e bandidos” os manifestantes que ocuparam o plenário do Legislativo entre a noite de quarta-feira (7) e a madrugada desta quinta-feira (8) reivindicando melhorias no transporte. Houve depredação no prédio público e o democrata acionou a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM), que retirou os jovens, um a um e à força, e os encaminhou à delegacia. A ocupação durou cerca de quatro horas.

“Os bandidos foram presos, levados para a cadeia, fichados um por um. Estes facínoras inconsequentes, que acabaram sendo punidos e agora serão responsabilizados pelos danos que cometeram”, disse Campos Filho após a detenção de pelo menos 120 manifestantes. Segundo informações do delegado plantonista do 4º Distrito Policial, Nuno Álvarez, os dados pessoais foram colhidos durante a madrugada. Na manhã desta quinta-feira, todos haviam sido liberados.
De acordo com a Polícia Civil, após a análise das imagens do circuito interno de segurança da Câmara, serão identificados os manifestantes que poderão responder por dano ao patrimônio público.

Invasão

O grupo chegou à Câmara durante a sessão ordinária desta quarta, por volta das 19h30. Com a chegada dos manifestantes, a reunião foi interrompida e, conforme o grupo invadia a área dos vereadores no plenário, os parlamentares se retiraram. A princípio, não houve depredação, mas quando um grupo notou a presença da Polícia Militar no interior do prédio, mesas, cadeiras, placas, bandeiras e equipamentos eletrônicos foram destruídos. Paredes e a tribuna foram pichadas com símbolos anarquistas.


‘A conta vai pra eles’

Após a intervenção da Tropa de Choque da PM e detenção do grupo, o Instituto de Criminalística (IC) realizou perícia no local. O presidente da Casa informou que após a ação dos peritos, fará um levantamento dos bens perdidos e cobrará dos responsáveis o prejuízo. “Vou fazer um levantamento e vou mandar a conta para eles. Eu vou atrás deles. A Câmara vai atrás deles, da família e vai responsabilizá-los para que eles ressarçam o prejuízo causado à cidade de Campinas”, falou.

Espaço público

Durante o período de ocupação, vereadores se reuniram para discutir que medidas deveriam ser tomadas. Havia a dúvida sobre a necessidade de uma autorização judicial para amparar a retirada dos manifestantes com força policial. Parlamentares da oposição garantiram que o presidente da casa pediu uma liminar, que teria sido negada pela Justiça. Campos Filho nega que tenha feito esse pedido e afirmou ter agido para evitar ação criminosa no plenário.

“São pessoas que só entendem a linguagem policial. Então, não houve interferência policial porque a Justiça mandou, não. Quem mandou foi o presidente da Câmara, apoiado pelos vereadores. Se acontecer de novo, eu vou agir da mesma maneira”, falou. Os vereadores da oposição (PT e PSOL) afirmam, entretanto, que nem eles e nem o tucano Artur Orsi foram coniventes com a atitude do presidente.

Para o advogado dos manifestantes, Vandré Paladine Ferreira, o presidente da Casa agiu ilegalmente quando permitiu que a Tropa de Choque retirasse à força os manifestantes. “Deveria ter sido respeitado o procedimento da autoridade judiciária para autorizar a reintegração de posse. E esse procedimento foi suprimido”, disse.

G1

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