Aleitamento materno evita 10% da mortalidade infantil

No período de 1 a 8 de agosto se comemora a Semana Mundial do Aleitamento Materno. A amamentação é muito mais do que nutrir a criança, é um processo de interação profunda entre mãe e filho, com repercussões diretas no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, além de implicar na saúde física e psíquica da mãe.

Em relação à mortalidade infantil, o Ministério da Saúde estimou, em estudo realizado em 2009, envolvendo a nutrição infantil e a alimentação complementar, que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo. Ainda segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef, cerca de seis milhões de vidas de crianças estão sendo salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva.

A coordenadora do curso de Nutrição da FCM-CG, Vivianne Barros, reforça que a amamentação exclusiva deve acontecer até os seis meses e a complementar até os dois anos de idade.

Ainda de acordo com a coordenadora, muitos são os benefícios para a mãe, que amamenta, e para a criança. “O aleitamento é indicado logo após o parto, e essa ação reduz as hemorragias. Outro dos benefícios para a mãe se volta à prevenção do câncer de mama e à involução uterina mais rápida. Já na criança, são incontáveis os benefícios, sobretudo no que tange à prevenção de doenças crônicas, a exemplo da obesidade e diabetes”. Outro dos ganhos provenientes da amamentação se liga ao fortalecimento do vínculo mãe e filho.

“Cada ato de amamentar é uma vacina”, enfatizou a nutricionista, que enalteceu um dado mostrado pela OMS e aborda os nutrientes do leite materno. “O leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes. Estima-se que dois copos (500ml) de leite materno no segundo ano de vida fornecem 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia. Além disso, o leite continua protegendo contra doenças infecciosas”.

MaisPB

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