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“Uma medida acertada”. Essa foi a avaliação do ex-presidente do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), Leonardo Gadelha sobre a convocação dele e de todos os ex-presidentes do órgão para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga descontos bilionários realizados por entidades nos contracheques de aposentados e pensionistas. Gadelha concordou com a convocação durante entrevista, nesta terça-feira (26), ao Programa Hora H, da Rede Mais e Rádio POP FM 89.3
“Eu acho que foi uma medida acertada da CPMI. Eles precisavam estabelecer algum tipo de crivo, algum tipo de marco temporal, e escolheram fazê-lo com o período de 10 anos. Portanto, a partir de 2015, todos os presidentes do INSS, todos os diretores de benefícios, todos os ministros da Previdência estão sendo convidados a ofertar sua visão, suas percepções, suas experiências acerca do processo, para ver se conseguem detectar algum tipo de brecha. Eu mesmo tenho algumas sugestões que podem contribuir para o aprimoramento desse processo”, disse Gadelha.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou nesta terça-feira (26) a convocação dos paraibanos Leonardo Gadelha (Podemos) e Leonardo Rolim para depor. Leonardo Gadelha presidiu o INSS entre os anos 2016 e 2017, no governo do ex-presidente Michel Temer. Já Leonardo Rolim foi presidente do órgão entre 2020 e 2021, na gestão de Jair Bolsonaro.
Gadelha ainda revelou que conhece o fluxograma do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) e que é necessário identificar os suspeitos. “Então, eu acho que esse fluxograma é suficiente. O que precisamos identificar é onde, no meio dessas etapas, ainda existe algum tipo de brecha para que esses grupos, que evidentemente fraudaram e causaram prejuízos bilionários aos nossos aposentados, não possam repetir esses erros no futuro”, declarou.
Nesta terça, foi o primeiro dia de trabalho da Comissão. Na sessão, os deputados e senadores aprovaram uma série de requerimentos, incluindo a convocação de auxiliares de Lula, Bolsonaro e Temer.
“Então, eu acho que é uma medida salutar, que merece ser enxergada como uma tentativa do Congresso Nacional de cumprir com seu papel de fiscalização, mas também de legislar, suprindo algumas lacunas que existem atualmente e que deram brecha para os equívocos que a CPI está agora tentando evidenciar e eventualmente punir”, concluiu
MaisPB
- 26/08/2025