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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Meu namorado é um rei

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publicado em 30/09/2023 às 07h00
atualizado em 30/09/2023 às 18h05

Nada de peneirar, só moer, só festejar meu encontro com Berhard Schlik, o autor do livro “O Leitor” que deu origem ao filme estrelado por Kate Winslet e Ralph Fiennes, mas o livro lançado pela Editora Record é bem melhor. Sim. meu namorado é um rei, som coroa. Melhor assim.

Por minha vez dei docinhos as crianças dos amores Cosme e Damião, na última quarta-feira, o Dia deles. Mandei para uma menina Terra, de todos os sertões, veredas Cajazeiras, Cachoeira dos Índios, São Gonçalo e Brigite Bardot

Por outra sua vez, prosadores das calçadas chegou até mim a voz de meu pai num gravador, enviado por Segundo Irineu, meu professor de Ciências. Ao ouvir a voz que me ninava, chorei, não precisei esconder.

Como se fossemos vilões treinados por Hemingway, Jatobá já foi uma festa ou algo assim como Paris. Quer saber? Pareço-me comigo, nunca o umbigo e, mesmo assim, o meu amor insiste em apostar numa tática iceberg.

Sou estrategista, escafandrista, sou filho de da puta, mas isso não é manual, que seja o que pode ser a se definir que o mais importante é o que está por trás do meu de time de futebol de botão – nesse time de agora, ou seja, uma bela retranca lá atrás e nunca mais esqueci os Ballantines que jorravam na beleza anarquista das coxas molhadas das meninas da quadra de Manaíra. Ah! O tempo.

Eu vou agir como se quebra o gelo, no desdobramento das estocadas dos que são sempre do contra. Contra cultura, contrafilé, até naufragarmos num Titanic  fuleira, salvos por São Expedito. Adoro ele. Mas prefiro Cosme e Damião, muito embora Santa Luzia não tira o olho de mim.

São Tomé é pagar pra ver, né? Mas se São Pedro falou e João confirmou, Tim Maia cantou  no dia do Santo Rei, mas eu sou mesmo é o canário de Machado de Assis. Ah, lá vem São Francisco pelo caminho trazendo nos braços Jesus Cristinho.

O  problema, diria  Paulo Francis, é quem não lê, não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo.

Minha defesa não é uma muralha, certamente, a montanha mágica de Thomas Mann, brecando o ímpeto dândi dos poetas que eu mais amei, Fernando Pessoa, que não quis namorar comigo.

Meu namorado é um rei, um rei sem coroa, o silencioso João Gilberto  (foto), mas a cada momento, uma graça, a voz de Gal e, claro, bem claro, que eu sou o amor da cabeça aos pés de Santa Clara, a padroeira da televisão.

Ah, meu fôlego de romancista.

Kapetadas

1 –Deixa eu subir na porta, Mariquinha – Eu não deixo nãaaao!

2 – A verdade é que a Sandy realmente cansou de dupla.

3  – Contando os dias  para “Meu Nome é Gal”, dia 12 de outubro, mas antes vou conversar com a diretora Dandara Ferreira, que também é Gal, e eu sou o tal rapaz.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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