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Dupla paraibana Irapuan e Demétrius lançam CD “Jatobá” nesta quinta-feira, no Bessa Grill

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publicado em 13/09/2023 às 09h24
atualizado em 13/09/2023 às 10h06

Kubitschek Pinheiro

Nesta quinta-feira, o Bessa Grill na praia do Bessa, vai ficar bem movimentado com o lançamento do disco “Jatobá”,o primeiro da dupla Irapuan Sobral e Demétrius Faustino, ambos sertanejos de uma Jatobá cinematográfica, que dá nome ao álbum com canções que nos remetem para rios, ruas, amores e saudades das alegrias. As letras são de Irapuan e as melodias e arranjos de Demétrius.

O disco que já desperta a curiosidade da geral, dos sertanejos (não o estilo safadões etc), mas os sertanejos mundiais, inteligentes, espalhados pelo mundo. Jatobá chega com 21 canções. O disco abre com “Estrelas da Paraíba”, que nos convida para ver a lua no mar da Paraíba, uma canção tocante.

Segundo Irapuan, o álbum foi construído ao longo dos últimos anos; um pouco antes da pandemia, quando Demétrius musicou um poema  dele e resolveram tocar, literalmente, um projeto maior. “É uma expressão telúrica. Aliás, o álbum todo é uma revisão musical de todo os tempos”.

Para Demétrius a construção do disco foi acontecendo naturalmente. “Sim, a construção e junção das letras com a melodia foi acontecendo de forma natural. A primeira música que fizemos foi ”Estrelas da Paraíba”, onde fiquei encantado com a poesia, e com isso consegui captar a musicalidade desta. E dessa inspiração vieram as demais.”, disse.

MaisPB – O disco já está nas plataformas há possibilidade de vocês se apresentarem em Jatobá ou em outros lugares?

Demétrius – Essa possibilidade existe sim, mas no momento estamos pensando no lançamento que acontece na quinta-feira próxima. É o foco do momento, pois queremos apresentar o trabalho de forma que possamos agradar ao público da melhor maneira possível.

A segunda faixa, “Piranhas ao Mar”,  é um retrato do sertão, os personagens são os filhos das águas, as feiras e todas as histórias juntas, com uma saudade danada do que passou e do que virá. Uma música que Marines cantaria sem titubear.

A terceira faixa  “Enigma”, lembra um samba canção, é um convite para que duas pessoas apaixonadas cheguem novamente ao clímax chamado desejo. E haja beijo.

Cansei”, a quarta faixa, é uma linda canção; rosas se comunicam, signos falam a mesma prosa, uma chuva na roça, a rede armada e um teto não de zinco, mas a céu aberto, para a estrela entrar. “Ai eu mudo de prosa, eu paro até de falar”.

Monarco, no Rei dos Bambas” é a mais bela homenagem ao sambista carioca Monarco, que morreu em dezembro de 2021. A letra diz que bamba que é bamba mesmo vai pro céu para virar samba e mesmo morto é afinado. Monarco é uma canção que as rodas de samba do Rio de Janeiro precisam conhecer, ouvir e cantar. Chamar céu de harmonia é estar bem conectado.

Eu vou guardar você no coração“ é uma canção triste, mas quem fala alto é o amor.

Meu Presente é Você”, lembra as canções do rei Roberto. Não deixará ninguém pregado nas cadeiras. Nessa canção, a banda surpreende e a letra ainda pede a vida de volta. Chega de banho maria.

Gospel” tem uma introdução a carea as músicas americanas country, mas segue a liberdade de Raul Seixas, o belo, o feio e o bonito e pede o fim das guerras.

Inimigos Íntimos “ é demais, logo nesse mundo dos antoninos. A sétima faixa “Jatobá Imensidão” presta mais uma homenagem a cidade Jatobá. É uma canção dolente, cheia de memórias, recordações Jatobá uma imensidão… A faixa seguinte “Jatobá, Bar, Bar da Esquina”,  a letra fala de personagens reais, Seu Moisés, Bebé de Nô, Cabeção, Oscar, cachaça com mocotó etc.

Três Coco”, o primeiro single que foi lançado, é a canção de trabalho da dupla. É boa demais.

E seguem com “Sacudir Estrelas, “Diamantina”, “A Maça do Paraíso”, “Sereia” “Banco na Areia”, “A Volta do Carnaval”, Desejo de Saudade” e “Iyá Ori”

A dupla


Demétrius é o cantor e compartilha a melodia, com Irapuan, na elaboração das música. Irapuan é o letrista. Eles são conterrâneos e contemporâneos, oriundos de Jatobá (São José de Piranhas), no sertão da Paraíba. Costumam dizer que são um feliz desencontro marcado pelo destino. Até porque têm um ancestral em comum e gostos diferentes que se completam.

Arranjos e banda

Dos arranjos e da direção musical do álbum (e do show) ficou encarregado o Maestro Eduardo de Araujo, em cujo estúdio (Sabiá), em João Pessoa, houve toda a produção. Eduardo se esmerou na produção, que resultou em um trabalho a ser registrado na história da música brasileira.
Eduardo, além de ser um multiinstrumentista que domina, sem falta, os teclados e a tecnologia de ponta, conseguiu juntar o melhor à instrumentalização do álbum – e para o show. Lá estão (e estarão): Beto Preá, um às da bateria; Teinha, o melhor nos sopros (clarinete e sax); Azeitona, um show à parte no Trombone, que faz companhia ao trompete do virtuoso Fernando; Segundo, um violão que já nasce com a marca de casa, pois é o filho de Demetrinho; Rômulo, que marca o compasso no Baixo; Eduardo Brito, que fixará os rifes à guitarra; a percussão de Renato, que domina o ambiente; e os vocais de Lula e Kalina, que fazem apoio à voz de Demeterius.

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