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Francisco Leite Duarte é Advogado tributarista, Auditor-fiscal da Receita Federal (aposentado), Professor de Direito Tributário e Administrativo na Universidade Estadual da Paraíba, Mestre em Direito econômico, Doutor em direitos humanos e desenvolvimento e Escritor. Foi Prêmio estadual de educação fiscal ( 2019) e Prêmio Nacional de educação fiscal em 2016 e 2019. Tem várias publicações no Direito Tributário, com destaque para o seu Direito Tributário: Teoria e prática (Revista dos tribunais, já na 4 edição). Na Literatura publicou dois romances “A vovó é louca” e “O Pequeno Davi”. Publicou, igualmente, uma coletânea de contos chamada “Crimes de agosto”, um livro de memórias ( “Os longos olhos da espera”), e dois livros de crônicas: “Nos tempos do capitão” …

O tchutchuca do Centrão

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publicado em 19/08/2022 às 11h14

Para quem acoberta o orçamento secreto, propõe emenda à constituição para subverter a lógica das eleições, ataca o sistema eleitoral e defende o armamento da população, além de outras aleivosias perpetradas, ser chamado de “tchutchuca do Centrão” deveria ser um prêmio, não ofensa.

Trata-se de dois termos que se merecem, reciprocamente. Deveria ser nome de capetão, mas não; é apelido de candidato; ou nome de livro de humor, ou de horror, talvez batismo de cabaré, bem melhor do que titica de galinha.

Seja o que for, há de se buscar com acentuado esmero a situação em qual condição tal expressão pega melhor. Nesse aspecto, o influenciador digital foi icônico: “tchutchuca do Centrão”. Isso merece uma risada daquelas em que todos os “K” se irmanam e se enfileiram até o infinito. Hahahahaha!

O Centrão, porque dotado de todas as maledicências, viçou de tanto gosto; o tchutchuca, não tendo miolo dentro da cabeça, aloprou. Que louco! Tão doido que é possível analisar o destempero do candidato por outra faceta, aquela que põe frente a frente Davi e Golias.

É uma situação em que a gente não tem como rir, um riso frouxo, nervoso, próprio das situações hilárias. Onde já se viu isso, um homem público tentar partir para cima de alguém só porque foi chamado de tchutchuca?

É certo que todos os humanos, uma hora ou outra, perde as estribeiras, a noção de bom senso e razoabilidade. Eu mesmo já os perdi várias vezes, mas eu não sou candidato a presidente da República nem nunca entrei em uma loja da Havan.

Pelas notícias que circulam na internet, a geringonça mais fuxiqueira que a mente humana na criou, o ataque ocorreu porque o influencer quis saber os nomes dos empresários aloprados que apoiam descaradamente uma ruptura institucional.

Naturalmente que o velho da Havan está no meio, talvez seja ele o thuthuca-mor e os outros sejam apenas moscas varejeiras em busca de alguma fedentina, como aquelas vivandeiras mais despudoradas.

@professorchicoleite

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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