João Pessoa, 17 de março de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O sistema de transporte coletivo urbano brasileiro amargou um prejuízo de R$ 11 bilhões em 2020 diante dos problemas causados pela pandemia do novo coronavírus.
Essa situação também refletiu em João Pessoa, conforme afirmou ao programa Hora H, da Rede Mais Rádio, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de João Pessoa (Sintur-JP), Isaac Júnior. O executivo disse que durante o isolamento social do ano passado, a Capital paraibana foi a que passou mais tempo com os ônibus parados.
“Foram exatos 106 dias e isso maculou de forma preocupante a nossa operação aqui em João Pessoa”, alegou.
Além disso, Isaac classificou como injusta a equação para calcular o valor da passagem do transporte público e o fato do pagante custear as gratuidades e os descontos.
“Os custos divididos pelo número de passageiros pagantes é igual ao valor da tarifa. Só que 25% dos passageiros que entram no ônibus têm alguma gratuidade. Com desconto, outros 26%. De fato, 35% dos passageiros pagam tudo”, explicou.
Ele disse que existem gratuidades que são justas, mas defendeu como compensação subsídios e até diminuição de impostos do setor. De acordo com ele, isso já ocorre em outras capitais do país.
“São realmente justas. Porém, na hora do legislador e executivo indicar essa gratuidade apontar de onde virá o custeio. Então, algumas gratuidades não têm a rubrica municipal ou estadual para financiar e acaba ficando para o passageiro pagante”, argumentou.
MaisPB
BOLETIM DA REDAÇÃO - 09/05/2025