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Myanmar

Freira se ajoelha e implora para Exército não atirar em cidadãos

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publicado em 09/03/2021 às 10h50
atualizado em 09/03/2021 às 07h51
Foto: Handout / AFP

A imagem de uma freira na frente de manifestantes e implorando para o exército não disparar contra eles em Myanmar correu mundo nesta segunda-feira, dia 8. Sem se importar com a própria vida, a irmã Ann Roza Nu Tawng, de 45 anos, suplicou pela vida dos moradores que protestaram no dia 28 de fevereiro, em Myitkyina, no estado de Kachin.

O registro foi feito pelo “Myitkyina News Journal”, mas só viralizou uma semana depois do acontecido. Sob lágrimas, ela implorou: “Por favor, matem-me. Eu não quero ver pessoas a serem mortas”.

Ann Roza explicou, em entrevista ao canal “Sky News”, que se encaminhava para trabalhar em uma clínica quando, no mesmo trajeto, se deparou com um grupo de manifestantes. Segundo a freira, os militares seguiram as pessoas e começaram a espancá-las, além de atirar na direção deles. Foi nesse momento que ela teve o ato intempestivo de se pôr à frente deles.

“Eles abriram fogo e começaram a bater nos protestantes. Eu fiquei chocada e pensei: ‘Hoje é o dia para morrer”. Eu decidi morrer. Eu chorava como uma louca. Eu era como uma mãe galinha a proteger os pintainhos”, disse.

O país, tomado pelos militares, enfrenta uma onda de protestos e repressão às manifestações pela volta do governo eleito democraticamente.

Com informações do Extra

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