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Superintendente do Detran prevê alta de acidentes com mudança na CNH

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publicado em 23/09/2020 às 10h00
atualizado em 23/09/2020 às 07h46

O superintendente do Detran na Paraíba, Agamenon Vieira, reprovou, nesta quarta-feira (23), o aumento da validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para dez anos. A renovação do documento atualmente é feita após cinco anos. Para o novo prazo passar a vigorar, no entanto, é necessário que o projeto aprovado ontem no Congresso seja sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Entendemos que durante os dez anos, seja um jovem ou uma pessoa de 30, 40 anos, é o prazo suficiente para que o motorista possa ter um problema na visão ou outra doença que restrinja a habilidade para dirigir. Isso, claro, pode levar a um maior número de acidentes com pessoas sem condições de dirigir, caso não seja feita a avaliação periódica de cinco em cinco anos. A gente começa a ver que isso pode influenciar na quantidade de acidentes que podemos ter no Brasil”, afirmou ao Portal MaisPB.

Agamenon, porém, viu com bons olhos a decisão dos parlamentares em impor regras para o aumento do número de pontos para suspensão do direito de dirigir. Pela sugestão do presidente Bolsonaro, o condutor perderia habilitação ao chegar aos 40 pontos. Pelo projeto aprovado ontem, o limite é o mesmo sugerido pela Presidência da República, só que com algumas imposições.

“Desde o projeto de lei enviado pelo presidente, na origem, ele era questionável pelos órgãos de trânsito em virtude da preocupação do aumento desses pontos, isso poderia resultar em um aumento de acidentes e morte. Porém, vimos que o benefício de 40 pontos na CNH vai precisar seguir condições, ou seja, há um equilíbrio. Quem comete uma falta gravíssima, o limite de pontos cai para 30. Se são duas faltas, cai para 20. Quem tem muito cuidado para dirigir é beneficiado”, avaliou.

Agamenon informou que vai aguardar a decisão do presidente sobre a sanção da proposta. Caso sejam sancionadas, as novas regras entram em vigor em seis meses. Contudo, o superintendente não descartou que os órgãos e entidades representantes do trânsito possam questionar decisões equivocadas de Bolsonaro, inclusive na justiça.

MaisPB 

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