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Extinção de cidades: Efraim e Famup criticam

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publicado em 05/11/2019 às 18h47
atualizado em 06/11/2019 às 06h22
Paulo Guedes, ministro da Economia (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Foi com revolta que o líder da bancada paraibana no Congresso, Efraim Filho (DEM) e o presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), George Coelho, comentaram a proposta do pacto federativo que prevê a extinção de municípios, que pode afetar diretamente a Paraíba e suas pequenas cidades.

Ao Portal MaisPB, Efraim considerou ‘absurda’ a possibilidade de extinção dos municípios. Segundo ele, o projeto não será aprovado.

“Essa proposta é natimorta, já nasceu derrotada e não tem a mínima chance de prosperar. Se pequenas cidades forem transformadas em distritos das maiores, acabou qualquer chance de crescimento e desenvolvimento”, argumentou.

Ainda de acordo o democrata, o projeto despreza os avanços conquistados pelos pequenos municípios, como construção de escola, calçamento de ruas e avanços na saúde. “Eles ficariam no abandono”, ressaltou.

Além de se posicionar contra, o presidente da Famup, George Coelho também questionou os prejuízos e problemas que seriam gerados a partir desta mudança na administração das cidades. “O que fazer com efetivos, com programas da cidade?”, ponderou.

Para George, caso a medida seja aprovada, a proposta de R$400 bilhões em recursos não vai cumprir o objetivo de desenvolver o país economicamente. “Queremos divisão de recursos de forma que contemple os municípios. Dessa forma, não está mudando nada. Como vai anular cidades e vai crescer assim? Isso não é pacto federativo, é ideia de poder central”, decretou.

Caso seja aprovado, o Pacto Federativo poderá extinguir 68 municípios da Paraíba com menos de cinco mil habitantes. A proposta, entregue nesta terça-feira (05) ao Senado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, prevê também a transferência de R$400 bilhões aos estados e municípios em 15 anos.

De acordo com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), as cidades com menos de cinco mil residentes, deverão comprovar, até o dia 30 de junho de 2023, sua sustentabilidade financeira. Caso não atestem sua independência fiscal, as cidades serão ‘incorporadas’ a algum dos municípios limítrofes, a partir de 1º janeiro de 2025.

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