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Doping

Hotel pode ter sido responsável por punição ao peruano Guerrero

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publicado em 07/05/2019 às 11h32
atualizado em 07/05/2019 às 08h33
Foto: Ricardo Duarte/ Internacional.

Em reportagem veiculada na televisão peruana no último domingo (5), funcionários e ex-funcionários do hotel onde o atacante Paolo Guerrero ingeriu uma substância proibida que lhe rendeu uma punição antidoping afirmaram que houve negligência ao servir a alimentação da seleção peruana.

A reportagem, exibida pelo canal América TV, mostrou depoimentos de funcionários e ex-funcionários do Swissotel, afirmando que o hotel cometeu irregularidades no serviço de alimentação à seleção do Peru. Um dos ex-funcionários chegou a afirmar que a xícara em que foi servido o chá a Guerrero estava “suja”. A xícara foi servida anteriormente com mate de coca e não havia sido bem lavada, e nela foi servido o chá ao jogador.

Ouro ex-funcionário chegou a comentar que houve contaminação cruzada, e alegou que muitas pessoas da equipe de cozinha do hotel não trabalhavam com profissionalismo, cometendo outras irregularidades.

A matéria exibida no final de semana mostrou também que funcionários do hotel foram instruídos a omitir informações à Justiça. O gerente de alimentos e bebidas do estabelecimento chegou a preparar o discurso que os funcionários diriam à Justiça.

Relembre o caso

O peruano, que atualmente defende o Internacional, disse desde o início de sua defesa que a substância ingerida foi um erro do hotel. Sua punição aconteceu em outubro de 2017, após o exame antidoping acusar a presença de um metabólito da cocaína, em partida disputada pelas Eliminatórias da Copa 2018.

Ainda em 2017, o atacante entrou com recurso e conseguiu reduzir sua pena para seis meses, podendo disputar partidas pelo Flamengo, sua atual equipe na época. Porém, em maio de 2018, o TAS, Tribunal Arbitral do Esporte, sediado na Suíça, ampliou a sua pena para 14 meses, em última instância.

Guerrero então conseguiu efeito suspensivo na Justiça da Suíça e conseguiu disputar a Copa do Mundo da Rússia. Em agosto, a Justiça suíça revogou o efeito suspensivo e a punição voltou a valer, dias depois de o atacante ter sido contratado pelo Internacional. Finalmente, no início de abril de 2019, o peruano estreou em partidas oficiais pelo Internacional.

Bruno Marinho – MaisPB

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