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Usuário de drogas é executado em Itaporanga

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publicado em 31/07/2015 às 09h58

Claudemar Matias Juca (foto), de 31 anos, foi assassinado, na tarde desta quinta-feira (30), no conjunto Chagas Soares, em Itaporanga, quando conversava com a companheira nas proximidades da residência do casal. O crime foi cometido por um homem, que chegou em uma motocicleta e de capacete e disparou contra a vítima.

Mesmo ferido com um tiro no tórax, Claudemar ainda correu para tentar livrar-se do agressor e foi atingido nas costas, caindo em seguida. O homem foi socorrido com vida ao hospital da cidade, mas não resistiu. A vítima morou durante muito tempo em Brasília e chegou a Itaporanga com a mãe há oito meses.

A mãe dele, conhecida como Odete, viúva do agricultor Valdemar Juca, disse que a família voltou a morar em Itaporanga porque ela tem um filho preso na cadeia da cidade sentenciado por um homicídio ocorrido anos atrás. “Morei em Brasília e em Campina Grande, e o povo diz que esses lugares são perigosos, mas meus filhos nunca sofreram nada nesses lugares, mas vim pra cá e aconteceu uma coisa dessa”, lamentou emocionada ela, que tem apenas dois filhos: um está preso e o outro, agora, morto.

Segundo ainda a mãe, Claudemar era dependente químico de droga e tomava remédio controlado. No último dia 20, ele chegou a ser detido pela polícia por suposto envolvimento no tráfico, mas, por falta de provas, foi liberado. A vítima deixa um filho, fruto de um relacionamento anterior, quando residia em Campina Grande. Seu corpo foi encaminhado para exame cadavérico em Patos.

A companheira da vítima presenciou o crime e disse que o acusado, que em um momento da ação teria retirado o capacete, também apontou o revólver para ela. “Quando ele chegou e começou a atirar, Claudemar correu e o homem saiu atrás dele atirando, e eu segui meu marido, e, nesse momento, o cara voltou pra trás e apontou o revólver pra mim, e, depois, fugiu na moto”, narrou a mulher. Ela é mãe de uma menina de um relacionamento anterior, mas a criança não presenciou o fato.

Menos de uma hora após o crime, policiais militares conseguiram prender um suspeito do crime, mas o rapaz nega envolvimento no delito. Neste momento, o delegado Renato Leite está procedendo a investigação com a oitiva de testemunhas e do detido para saber se o jovem preso tem ou não algum envolvimento no caso. Já são 27 homicídios no Vale do Piancó em menos de sete meses.

MaisPB

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