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Itália resgata 3,7 mil imigrantes no Mediterrâneo em um único dia

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publicado em 03/05/2015 às 15h28

A Guarda Costeira italiana anunciou neste domingo (3) que resgatou 3.690 imigrantes no sábado no Mediterrâneo.

Embora não represente um recorde, o balanço é um dos maiores dos últimos anos para apenas um dia, ao lado dos 3.791 imigrantes socorridos em 12 abril e dos 2.850 do dia 13.

Neste domingo, a Guarda Costeira realizava outras operações de emergência, mas não divulgou mais informações.

Um total de 219 imigrantes foram socorridos pela embarcação francesa “Commandant Birot”, que passou a reforçar na semana passada o dispositivo europeu no Mediterrâneo, após uma série de naufrágios registrados em abril.

Além do navio francês, as operações de sábado mobilizaram quatro embarcações da Guarda Costeira italiana, dois navios da Marinha da Itália, dois cargueiros, dois barcos da polícia alfandegária e dois rebocadores.

A Marinha italiana anunciou que a fragata Bersagliere resgatou 778 pessoas e o patrulheiro Vega outros 675.

Alguns imigrantes resgatados no sábado chegaram durante a noite à ilha italiana de Lampedusa, a mais próxima da costa africana, e os demais são aguardados neste domingo na Sicília ou sul da Itália.

Centenas de imigrantes, em sua maioria africanos, mas também sírios, partem, muitas vezes da Líbia, onde o caos deixa o caminho livre para a ação dos traficantes.

Travessia perigosa
Naufrágios deixaram mais de 1.200 mortos em abril. Após críticas, os líderes europeus decidiram em 23 de abril eforçar a presença da UE no Mediterrâneo, triplicando a operação europeia Triton, que até então contava com três milhões de euros por mês.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 1.750 imigrantesperderam a vida no Mediterrâneo em 2015, um número 30 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2014.

“A OIM teme que o total de 3.279 mortes de imigrantes em 2014 seja superado este ano em algumas semanas, e possa alcançar os 30 mil até o final do ano, se nos basearmos no balanço atual”, destacou a organização em comunicado.

Nos últimos anos, a Europa recebeu a maioria dos refugiados no mundo, que deixam suas terras para escapar principalmente de conflitos, como a guerra civil na Síria e na Líbia, ou de dificuldades econômicas.

De acordo com Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), cerca de 219 mil pessoas cruzaram o mar em busca de uma vida melhor na Europa no ano passado, quase 4 vezes do que em 2013, quando 60 mil chegaram do outro lado da travessia.

Negócio milionário
A travessia do Mediterrâneo é feita em botes ou em embarcações superlotadas, sem os mínimos requisitos de segurança, por traficantes de pessoas. A viagem pode custar mais de R$ 10 mil por pessoa, o que torna o negócio altamente lucrativo – uma única embarcação pode render US$ 1 milhão.

Sem garantia de sucesso no pedido de refúgio, muitos imigrantes não conseguem ficar no destino final e são mandados de volta ao país de origem. Mas dificilmente eles desistem e tentam duas, três, quatro vezes, até receberem o asilo oficial.

G1

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