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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

A variedade da morte

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publicado em 02/12/2025 ás 07h00
atualizado em 01/12/2025 ás 21h08

 

Num vídeo, uma pessoa explica que a leoa, que matou o rapaz, não se alimentou do cadáver. Ok, mas um jovem escalou o muro alto da jaula, ele nasceu de novo e ali morre, acolá e  soa estranho essa sensação exposta nos vídeos.

Um rapaz que nem era herói, nem nada, uma queixa que estava desempregado, aflito, diante de um leoa c’o rugido que o mata em segundos.

Não é comum. Uma fera, no seu canto e chega um rapaz e ela o mata.  Quando eu  ia a Bica com meu filho Vítor, olhava de longe, essa leoa.  Um jovem entra na boca do ninho, como quem derruba um edifício ou ergue a trave, aquela cara do goleiro na cara do gol, sabe? Como pode uma pessoa entrar no habitat do leão?

Uma caça, outro pensar, enferroa, uma morte à toa.

Sem armas, o cara não enxerga ou pendura sua vida, ao soberbo instante da morte, aquela cena… Eu fiquei besta. Chorei.

A sombra do nada, o cara morre e nem se despediu do amor, se  é que tinha amor aquela altura da morte.

Do bem da vida, de que um se alegra, e outro chora, outro se atira de um prédio, outro rouba e mata na rua, outro morre de fome sem nome, outro entra na jaula da leoa chamada Leona. Que merda!

 O que ele diria sobre a leoa? O mundo, meu caro, oh mundo ingrato, sombra, sombra, sombra, bem a frente a dor  e o  nada.

Kapetadas

1 – Quando a lei deixa de se impor, nasce a impunidade. Quando a impunidade se impõe, nasce o Congresso.

2 – Viver é arrumar as malas para ir a lugar nenhum.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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