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Hytalo diz que vídeos com crianças não tinham ‘cunho sexual’: ‘Para a gente é arte’

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publicado em 01/12/2025 ás 10h12

O influenciador paraibano Hytalo Santos disse em depoimento à Justiça que os vídeos que gravava com crianças não tinham “cunho sexual”. Para ele, as filmagens mostram a “rotina com a cultura de periferia” e que as coreografias são “arte”. Hytalo e o marido, Israel Vicente, estão presos desde agosto após terem sido denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de tráfico humano, exploração sexual e produção e divulgação de pornografia infantil.

Hytalo e Israel foram presos após a publicação de um vídeo do youtuber Felca denunciando processo de adultização de crianças e adolescentes.

Em audiência, Hytalo disse: “Eu me sinto até um pouco constrangido por ter feito tanto por essas crianças, tanto por esses adolescentes que estão colocados aqui nos autos e ter que responder, por mais que seja obrigatório estar respondendo aqui, mas me dói, me dói muito”. O depoimento foi exibido pelo Fantástico, da TV Globo.

O influenciador afirmou que os vídeos publicados nas redes sociais mostravam a rotina deles e coreografias do ritmo brega funk. “Eu nunca cheguei a gravar vídeos com cenas pornográficas nem com cunho sexual. E a gente só gravava a nossa rotina com a cultura de periferia, que é de onde eu venho. Entre Recife e João Pessoa, o ritmo mais escutado hoje, daqui, produzido e está no Brasil inteiro, é o ritmo de brega funk. Que as coreografias e os passos usados por alguns é visto com esse olhar [pornográfico]. Mas para a gente que é da periferia é arte”, disse Hytalo.

Durante o depoimento, quando foi questionado pelo promotor se nunca viu comentários nos vídeos de que o conteúdo poderia ser considerado pornográfico, o influenciador negou.

“Como nossos vídeos tinham muita repercussão, vossa excelência, os comentários chegavam a ter 20 mil comentários, 30 mil comentários. E a maioria dos comentários era baseada na força de cada personagem, como era visto por eles”, disse.

Hytalo também negou que os adolescentes eram remunerados, mas disse que ajudava os pais deles. “Os pais eram, mas não por obrigação, não por combinado, eu me sentia no direito de fazer por eles”, afirmou.

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