João Pessoa, 22 de novembro de 2025 | --ºC / --ºC
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Só o tempo nos ajuda a conhecer as pessoas e as criaturas, que se revelam no tempo delas.
Vamos imaginar uma chapa, um clichê, que “tempo é dinheiro” e viria a não ser preterido a velha sensação de consumo. Ninguém quer perder dinheiro, ninguém quer perder tempo.
O tempo não está na ânsia de distinção. Nós, sim. Pensamos que adoramos, que confiamos, mas acordamos sem esses sentimentos – vamos imaginar que o tempo traz o perdão, mas não, o tempo apenas muda a rota, quando a ingratidão tira a feição dos esforços anteriores que surgem inúteis, causando dor e desvalorização, o que naturalmente diminui a vontade de continuar próximo de alguém e aí não há mais tempo.
O tempo separa vidas que andam juntas, seja o amor ou a amizade, que acreditávamos existir.
O tempo é tudo, menos omisso. É a carne, a agonia, a raiva, a solidão, o trabalho, o talento, a estupidez desse ponto cruel, que nos desliga um do outro.
Não adianta viver a utopia: “vamos dar um tempo?” Não, não existe isso de dar um tempo, o tempo foi dado, mas não soubéssemos aproveitar, não soubemos amar e respeitar – isso é geral.
O tempo tem mãos enormes que nos alcança, abre os nossos olhos antes bem fechados e nos leva para longe da covardia em toda extensão para nos manter vivos.
Uma grande decepção, o tempo não cura
O tempo sufoca as memórias, quando nos adiantamos.
O tempo tem sua escrita, onde não cabe nossa interferência. E não adianta pensar – se voltasse no tempo… – não, o tempo não volta.
Antes de você pensar em ferir alguém, lembre-se que é seu tempo que você está jogando fora e com isso e fica naquela de matar o tempo…
Vivemos inteiramente das evidências e coincidências, que não existem, quem sabe com o tempo a morte anunciada possa desistir de nós. Ou salve-se quem puder
Só o tempo dirá.
Tudo é o que resta, mas não resta tempo.
Kapetadas
1 – O WhatsApp nivelou o mundo: agora todos podem ser igualmente inconvenientes.
2 – Pois é, a vida não tem acostamento
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