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"asfixia"

Operação mira ‘descapitalizar’ facções para impedir tráfico de drogas

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publicado em 30/09/2025 ás 17h09
atualizado em 30/09/2025 ás 18h13
Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil traçou uma nova meta para operação deflagrada na Paraíba e no Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (23), que cumpre mandados contra a facção criminosa Comando Vermelho.

A corporação informou ao Portal MaisPB e Programa Hora H, que não mira apenas prisões ou apreensões. Agora, a meta é descapitalizar organizações criminosas, sufocando financeiramente o fluxo de recursos ilícitos que financiam tráfico de drogas e crimes violentos.

“Nosso foco aqui não é prender ou apenas apreender objetos ilícitos, não é só isso. Claro que prisões são importantes, assim como tivemos várias prisões hoje, mas o mais importante é a gente descapitalizar essas organizações criminosas, que é justamente a forma literal que escolhemos a operação. É asfixiar financeiramente essas organizações para que esse capital ilícito não circule e não continue financiando esses crimes violentos”, disse o delegado Elton Vinagre.

Com base nas investigações, a Polícia Civil e o GAECO já conseguiram o bloqueio e sequestro de bens de integrantes da facção criminosa em valores que ultrapassam R$ 125 milhões. O principal alvo da operação é o criminoso Flávio de Lima Monteiro, conhecido por “Fatoka”, atual líder da célula do Comando Vermelho na Paraíba.

Com as investigações, foi possível identificar movimentações que ultrapassam R$ 300 milhões de reais. O suspeitos utilizavam das mais variadas formas de tipologias de lavagem de capitais, como empresas de fachada, empresas fantasmas, laranjas e interfaces pessoais.

“Aproximadamente um ano e meio já estamos investigando esse grupo criminoso que atua basicamente na cidade de Cabedelo, na Bahia, que são filiados ao comando vermelho do Rio de Janeiro. Até o momento conseguimos efetuar cerca de 24 prisões, sendo 17 oriundas das prisões preventivas que a gente conseguiu os mandados na justiça e 7 relacionados às prisões em flagrante durante os cumprimentos dos alvos”, concluiu o delegado.

Investigação

A investigação revela que, mesmo foragido e escondido em uma comunidade dominada pela facção no Rio de Janeiro, Fatoka continua dando ordens para o cometimento de crimes na Paraíba, em especial no município de Cabedelo, onde a célula da facção carioca atua com mais intensidade. Além de Flávio, outros integrantes da organização criminosa também estão escondidos em comunidades do Rio, para aonde fugiram após diversas operações policiais realizadas pela Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds).

Estão sendo cumpridos 26 mandados de prisão preventiva e 32 mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e em comunidades do Rio de Janeiro.

Na Paraíba, foram mobilizados 150 policiais, divididos em 30 equipes, sendo 27 da Polícia Civil e três do GAECO.

MaisPB