João Pessoa, 11 de agosto de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

Dia do Jurista – quando o direito e a literatura se encontram

Comentários: 0
publicado em 11/08/2025 ás 07h00
atualizado em 11/08/2025 ás 07h44

Nesta segunda-feira, 11 de agosto, comemora-se em todo país o dia do jurista,  em homenagem à criação dos primeiros cursos jurídicos no país, em 1827.  – ser jurista é habitar o mundo da razão, da lógica fria das leis, dos códigos e dos julgamentos. É ter a responsabilidade de buscar justiça num universo que, muitas vezes, insiste em ser desigual, cruel e injusto.

Ser escritora — poetisa, cronista, contista — é, ao mesmo tempo, mergulhar na sensibilidade da alma, na força das palavras que tocam, emocionam, denunciam e transformam. Ser poeta não é fácil; é um dom raro, uma sensibilidade profunda que nos permite captar o que muitos não veem e traduzir em versos a verdade oculta da vida.

Escrever é um dom — o dom de passar, de transmitir, de buscar um equilíbrio entre o que sentimos, o que pensamos e o que imaginamos, entre a emoção e a razão.

Eu sou essas duas mulheres — e outras. A que pesa o direito com a balança da razão, e a que sente a verdade no pulsar da emoção.

Foi essa mistura que me fez enveredar pelo Direito e pela Literatura, porque a justiça não é feita só com palavras duras nos tribunais — ela precisa também do calor da sensibilidade, do olhar atento para as histórias reais, da coragem de denunciar e da arte de emocionar.

Escrever para mim não é um escape, mas uma extensão da minha luta. Nas crônicas, conto o cotidiano; na poesia, entrego a alma; nos contos, revelo o que muitas vezes fica escondido. Tudo isso permeado pela busca constante contra a injustiça.

Ser jurista e escritora é ser guardiã da justiça e da beleza. É unir razão e emoção numa só voz.

Por isso, hoje celebro a força do Direito e o poder da literatura, pois ambas querem a mesma coisa: dar voz a quem precisa ser ouvido.

Razão e Sensibilidade

Na balança da vida, equilibro a razão,
Que pesa as leis com justa precisão.
Mas também carrego no peito uma sensibilidade,
Que transforma a dor em pura verdade.

A justiça é firme, é porto, é chão,
A poesia é voo, é sonho, é paixão.
Juntas, me fazem inteira — voz e ação,
No direito, a luta; na palavra, a canção.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

[ufc-fb-comments]