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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

Meu Pai,  meu adorado José Claudino

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publicado em 10/08/2025 ás 14h41

Meu Pai,  meu adorado, José Claudino – in memoriam

Falar do meu pai é falar de um homem que carregava no peito a nobreza da simplicidade e, nos olhos,  a beleza de todas as coisas, a inteligência de quem sabia mais da vida do que qualquer livro poderia ensinar.

Era um homem honesto como poucos, trabalhador como muitos sonham ser… Amigo… ah, amigo como só ele sabia ser.Eu, a caçula, tive o privilégio de aprender com ele que dignidade não se negocia e que caráter é herança que não se perde. Embora o tempo tenha sido cruel e o tenha levado cedo demais — aos 58 anos —, ele deixou um legado amor e muitos exemplos – que nem a distância da eternidade consegue apagar.

Meu pai foi sertanejo de alma forte, daqueles que conhecem o valor da palavra dada, que entendem que a honra se constrói no dia a dia, com mãos calejadas e coração limpo.

Nem todos puderam viver grandes histórias ao lado dele, porque o tempo foi curto, mas quem o conheceu de verdade sabe: cada momento ao seu lado valia por uma vida inteira.

Sua partida foi tão inesperada quanto silenciosa. Naquela noite de Natal, depois da confraternização em família, ele se despediu com a mesma serenidade que tinha em vida e foi descansar. Dormiu… e não acordou mais, dormiu…

Não havia sinais de doença, apenas a certeza de que Deus o chamou sem que ninguém percebesse, como quem leva de volta um anjo, com doçura e sem dor.

Hoje, a saudade aperta, mas o orgulho de ser sua filha é maior que qualquer coisa, qualquer ausência.

Meu pai foi e sempre será meu norte, meu maior amigo, o homem que ensinou sem alardes e amou sem medidas.

Enquanto eu viver, carregarei comigo o que ele me ensinou: andar de cabeça erguida, ter coragem para lutar e nunca, jamais, deixar que a vida endureça o meu coração, porque ser filha dele é uma das maiores honra que Deus me deu.

Meu pai não conheceu meu neto Miguel, mas ele conhecerá meu pai, pelo que eu vou lhe contar.

Saudades, pai!

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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