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Walber diz que prisão de Bolsonaro terá efeito de ajudar a direita

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publicado em 22/07/2025 ás 10h16
atualizado em 22/07/2025 ás 12h23
Walber Virgolino, deputado estadual do PL (Foto: divulgação)

O deputado estadual Walber Virgolino (PL) disse, na noite desta segunda-feira (21), que uma eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criaria efeito contrário e contribuiria com a vitória da direita nas eleições de 2026 no Brasil. “Eu não vou dizer que estou torcendo que ele seja preso, jamais vou fazer isso com Bolsonaro, mas ele na cadeia ajuda mais que solto, porque vai haver a comoção pública”, analisou o bolsonarista, em entrevista ao programa Hora H, na  TV Norte Paraíba.

Virgolino vê Bolsonaro como alvo de uma “perseguição implacável” e considerou que um encarceramento do ex-presidente tende a mobilizar a militância de direita. “Dos atos do dia 8 de janeiro até agora a gente não viu o povo na rua. Com Bolsonaro a gente já viu o povo se manifestando e as pessoas que estavam adormecidas de ir pra rua e pressionar porque o PT e o comunismo não resistem ao povo na rua”, projetou.

O parlamentar do PL citou a situação jurídica no Supremo Tribunal Federal como entrave que barra a candidatura do ex-mandatário. Mesmo não concorrendo ao pleito, Bolsonaro terá papel importante no pleito e ajudará muito mais nos bastidores do que até mesmo solto.

‘Quem Bolsonaro indicar ganha de Lula’

“A gente já sabe que ele não será candidato. Está fora do jogo presidencial, mas não está fora da política. Quem ele indicar será um forte concorrente e eu tenho certeza que vai ganhar as eleições de Lula. Bolsonaro não vai está na cabeça, deixa os holofotes e vai trabalhar nos bastidores. Nos bastidores é ele é muito mais importante que batendo de frente”, destacou Walber.

Walber Virgolino, durante entrevista ao jornalista Heron Cid, no programa Hora H, da TV Norte-PB

Deputado descarta disputa ao Senado

O deputado estadual afastou qualquer pretensão dele disputar vaga no Senado no próximo ano. Virgolino avaliou que não se arriscaria por acreditar que não teria nenhuma chance de vencer nomes com mais estrutura econômica e política como têm o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), pai do atual presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos).

“Eu só vou disputar com chance para ganhar. Não vou fazer graça e perder meu mandato que anda bem para depois ficar sem mandato e sendo perseguido”, justificou.

Já para a disputa ao Governo, Virgolino aposta em uma candidatura de Marcelo Queiroga (PL).“Para segurar o partido e eleger deputados federais e estaduais tem que ser ele. Ele tem discurso, têm o respeito do ex-presidente Jair Bolsonaro, a liderança do partido e o respeito dos deputados e correligionários. Já foi testado e mostrou pra que veio”, argumentou.

“João perderá eleição para o Senado”

Na entrevista, o deputado Walber Virgolino disse que ‘falta pulso” ao governador João Azevêdo (PSB), o que resulta “bagunça” do grupo governista e que, na avaliação do parlamentar, pode resultar em derrota, caso o socialista dispute o Senado.

“Eu não sei quem vai ganhar, só sei quem vai perder, João Azevêdo”, previu Virgolino.

Defesa por Efraim Filho e poucas chances para Pedro

Walber Virgolino se mostrou simpático a uma aliança com o senador Efraim Filho (União Brasil). Entretanto, Virgolino só acredita que só será possível, se Efraim migrar para o PL.

“Brasília não quer essa composição com o União Brasil e nem Efraim quer. Eu acho que Efraim tem chance e se ele for nosso candidato tem que ser pelo PL, mas isso se Marcelo Queiroga não quiser”, defendeu.

Virgolino tratou o nome do ex-deputado Pedro Cunha Lima como a terceira alternativa para o PL votar em 2026.  Apesar de eleitor do ex-tucano em 2022, Walber disse enxergar um viés mais à esquerda em Pedro.

Confira a entrevista completa:

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