João Pessoa, 10 de junho de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Olha, não é o que você está pensando. Como está lá na canção do Caetano …
Você traz a coca-cola, eu tomo
Você bota a mesa, eu como, eu como
Eu como, eu como, eu como
Você…
… Não tá entendendo
Quase nada do que eu digo
Calma, não é o que você pensou. É apenas para dizer como o “como” pode ser mal interpretado, como nos lembra o escritor pernambucano Marcelino Freire – ele diz que é uma comparação que é a coisa bonita de fazer, é claro. Mas é preciso saber da piscina, da Carolina….
Já faz tempo eu vi você na rua cabelo ao vento gente jovem reunida. Pois é, mas Belchior não entra nessa história. Como assim? Burocracia do Além.
Vi um título exposto numa livraria do Rio “como uma criança”. Não é pedofilia. Ave Maria! Mãe de Deus!
Outro autor escreveu: “como uma cadela no cio”. De fato, a cadela estava precisando ser amada.
O escritor Raimundo Carrero sempre cita a frase que um aluno seu escreveu: “como São Jorge no céu”. Ao que ele, perguntou ao garoto: “será que é preciso ir tão longe para comer alguém?”.
Grande é Guimarães Rosa, que fez Diadorim para não ser de ninguém.
Alguém aí está a querer saber: então, nesses casos, fazer como? Como devo comer? Pode falar de boca cheia? Como, enfim, evitar esse duplo sentido? Talvez, quem sabe, usando o “feito”. Não tem mais jeito. O acordo é o seguinte: ninguém é obrigado a concordar com ninguém.
Por exemplo: “feito um jumento”. Onde andará O64?
Aliás, faz tempo, não é? Esse nosso amor, batuca. Eu como.
Kapetadas
1 – Eu também quero ser filho do Chico Buarque.
2 – Não sei se todo mundo sabe: o prazo pra ficar de bem com a vida é só durante a vida.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
DIRETO DE BRASÍLIA - 10/06/2025