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Sete a cada dez cidades tem alto risco para pólio; PB registra 83,88% de cobertura

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publicado em 19/09/2024 ás 14h58
Foto: Secom-JP

A Paraíba registrou, no mês de setembro, um crescimento de quase 40%, em relação ao mês de julho, no percentual de cobertura da vacinação contra poliomielite. De acordo com a secretaria de Saúde, o estado alcançou um índice de 83,88% na campanha contra a poliomielite.

Em julho, a Paraíba havia registrado um percentual de 43,86% durante a campanha de vacinação, encerrada no dia 30 de junho. A ação, que iniciou em maio, teve como objetivo aumentar as coberturas vacinais e reduzir o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil.

Confira o índice de vacinação contra poliomielite na Paraíba:

Injetável (VIP) – 85,95%

Oral Bivalente – 83,88%

Dos 5.570 municípios brasileiros, pelo menos 68% estão classificados atualmente como em risco alto ou muito alto para poliomielite, conhecida popularmente como paralisia infantil. O índice representa um total de 3.781 cidades, sendo a maioria (2.104) categorizada com alto risco para a doença. Há ainda 1.342 municípios brasileiros classificados como em médio risco e apenas 447 catalogados como em baixo risco para a pólio. 

Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (18) durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife, e constam no Plano de Mitigação de Risco de Reintrodução do Poliovírus Selvagem e Surgimento do Poliovírus Derivado da Vacina. Ao comentar os números, a consultora em imunizações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Franciele Fontana avaliou o cenário como preocupante.

“Vemos grande parte do país em vermelho e em vermelho forte”, disse, ao se referir às cores que sinalizam riscos elevados para a doença, erradicada do território brasileiro em 1994, após uma série de campanhas de vacinação em massa. O último caso de pólio no país foi confirmado em março de 1989. “A gente vem de uma série histórica de alto e muito alto risco de introdução no país e isso nos preocupa”, completou.

As coberturas vacinais contra a doença no Brasil sofreram quedas ao longo dos últimos anos. Em 2022, a cobertura ficou em 77,19%, longe da meta de 95%. Em 2023, o índice subiu para 84,63%.

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