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Eleições municipais em João Pessoa dividem partido em três blocos

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publicado em 27/01/2012 às 08h17

O PTB não se encontra numa situação muito fácil em João Pessoa. Isso porque três posicionamentos divergentes dividem a legenda entre aqueles que defendem a pré-candidatura de Estelizabel Bezerra (PSB), outros que apóiam a pré-candidatura de Nonato Bandeira (PPS) e o grupo que se mantém aliado à oposição. De acordo com o presidente da direção municipal da legenda, o vereador Tavinho Santos, essa divisão interna “agrava” ainda mais a conjuntura do partido no Estado que deve enfrentar as eleições municipais deste ano rachado.

Conforme afirmou Tavinho Santos, a ala do PTB que defende a manutenção da aliança com o PSB e a defesa da pré-candidatura da secretária de Planejamento do município, Estelizabel Bezerra, é representada por membros que exercem cargos administrativos tanto no Governo municipal quanto no estadual, a respeito dos secretários Pedro Coutinho e Dunga Júnior, respectivamente. A ala que apóia a pré-candidatura do secretário de Comunicação do Estado, Nonato Bandeira, é encabeçada pelo presidente da direção estadual, Armando Abílio.

Ao lado da oposição, por sua vez, está o próprio vereador, Tavinho Santos, seguido por militantes da direção municipal da legenda. Segundo o parlamentar, sua posição será mantida independente da decisão que tomada no “grande” encontro estadual do partido, que será realizado após o carnaval. Nesse evento, o PTB deverá tomar uma decisão definitiva, sobre qual posicionamento irá seguir para o pleito eleitoral deste ano. “Eu e mais alguns militantes vamos caminhar junto com a oposição independente do partido”, frisou.

Tavinho lembrou que a legenda já vem dividida desde as últimas eleições, entre governistas e oposicionistas, mas admitiu que atualmente a situação interna da legenda tivesse se agravado ainda mais, pois agora são três facções partidárias divergindo entre si. “Essa nossa situação é grave, porque agora temos que administrar três posturas distintas na legenda”, disse.

No entanto, o vereador ressaltou que o PTB não é o único partido que se encontra dividido no Estado. De acordo com ele, “praticamente todas as legendas estão na mesma situação”. “Você tem aí o PT, o PSDB, ou seja, são grandes partidos mais que ainda não definiram um consenso”, destacou. Além disso, essa condição pelo qual a legendas se encontra não deverá afetar muito a maior preocupação do PTB que é eleger vereadores em uma coligação. De acordo com Tavinho, até o momento são 23 pré-candidatos a uma vaga na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). O objetivo é eleger pelo menos três vereadores este ano.

Ele disse também que apesar dessa “racha”, o PTB possui uma característica que se distingue de outras legendas, que é o permanente diálogo entre os filiados. “Mesmo com todas essas diferenças, o nosso partido continua conversando, e, além disso, existe um respeito muito grande a essas diferenças. Eu acho que essas divergências não só dentro do nosso partido, mas também nos demais partidos, faz parte da democracia, é natural que exista”, disse o vereador.

Legenda discutirá posicionamento após o Carnaval – O vereador licenciado e superintendente do Instituto de Previdência Municipal (IPM), Pedro Coutinho (PTB), afirmou que, ao contrário do colega de partido Tavinho Santos, deverá seguir a legenda após o Carnaval, quando será definido qual posicionamento político deverá tomar para as eleições municipais deste ano. “O importante é ir mantendo o diálogo até lá o partido tomará uma decisão em que todos poderão seguir”, frisou.

Entretanto, Pedro Coutinho, confirmou que defende a manutenção da aliança e que será essa a postura que deverá defender e no encontro estadual. “Com bem disse o vereador Tavinho, eu defendo a manutenção da aliança com o PSB e a pré-candidatura de Estelizabel à Prefeitura Municipal de João Pessoa e é por esse posicionamento que eu vou lutar, ou seja, para que isso seja seguido pelos demais”, garantiu

Pedro Coutinho disse que também considera normal que existam posturas divergentes dentro do partido, porque, segundo ele, essa divisão já vem se desenrolando deste as eleições estaduais de 2010. “O mais importante é que existe respeito entre todos os filiados, todas as opiniões divergentes são conversadas e colocadas à mesa no próximo encontro da legenda em fevereiro”, afirmou.

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