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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

O rabo do gato

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publicado em 26/05/2024 às 08h15
atualizado em 26/05/2024 às 05h28
Adotei um gato lindo, ele quase foi atropelado numa via de muito movimento na minha cidade, ficou acuado num jardim de um prédio e o zelador quis espantá-lo mais ainda com jatos d’água de uma mangueira. Coloquei o nome de Prince, todo animal meu tem nome de alguém que canta e encanta. Prince, o gato, tinha uma particularidade, nasceu com um rabo de coelho, me disseram que era porque na rua, eles não diversificam os parceiros sexuais com gatos de outra vizinhança e acabam sem misturar o DNA, nascendo com certas singularidades.
Isso me lembrou a história de quando meu primo teve a felicidade de se casar com uma viúva que era sua tia. Ela tinha uma filha, Laura que tinha uma irmã por parte de pai, Geyse. Ela e o pai dele acabaram se envolvendo, meu tio e ela foram muito felizes. Esse meu tio tinha um irmão que para amenizar a situação, era separado. Tio Glaucio se apaixonou e casou com a irmã da filha da esposa do meu primo Eliseu, então a esposa era sogra do sogro dela, daí a enteada por sinal era mãe dele e o pai ao mesmo tempo foi seu genro.
Todos bem-casados, seguindo a lei e os bons costumes! Pouco tempo depois, a madrasta do meu primo Chico trouxe ao mundo um menino, que era irmão dele, mas ele era neto da esposa dele, então ele era avô do meu irmão. Com o passar do tempo, a esposa do outro tio trouxe ao mundo um menino que, por ser irmão da mãe do primo Chico, era cunhado de meu pai e tio de seus filhos.
Na verdade, a esposa era sogra de sua filha. Eu, porém, seria o primo tio da filha dele e meu pai, tio, avô e irmão dela . Nem sei se isso tá certo, pois me perdi. A questão do casamento em si é o que menos importa, o que mais importa é que todos eram primos de algum grau das nossas bisavós, até eu tenho uma marca familiar que não tenho nada a ver com essa história, pois sou solteiro e apenas adotei um gato, mas tenho a boca torta para o lado direito como todos os filhos deles.
Hoje estão todos separados, mas meu primo casou com a prima da prima da mulher nova do meu tio que já estava casado com a sobrinha-neta, qual será o parentesco dos filhos desses filhos desses novos casais, hein? O resto da história vocês podem imaginar, ou não, né?
Melhor decorar a tabuada do que entendê-la, foi o primeiro conselho de meu pai. Era só pra falar do rabo do gato.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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