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Espaço K

Entrevista: jornalista Hermes de Luna, maratonista da telinha

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publicado em 15/04/2024 às 08h07
atualizado em 15/04/2024 às 07h00

 Kubitschek Pinheiro

Com o nome de um deus da mitologia grega, da sorte e da diplomacia, Hermes de Luna da Silva é um profissional que veio do impresso, mas sua cara não sai da telinha.

São muitos Hermes num só, mas ele dá conta. Tem um blog: hermesdelunaesilva.com.br  Poder, Política & Cia, onde ele informa e faz e cobra e se adianta, nesse mundo politico – politica é fim, mas existe o começo e o meio e aquele que faz gol.

Hermes de Luna alimenta outro site  foradoeixo.rec, onde tem o podcast que chacoalha a audiência, o ambiente, e eleva o potencial do convidado e claro, ainda tem tempo para cuidar do IG @belasantta, loja virtual de imagens sacras estilizadas.

HL  é jornalista, radialista e advogado, formado na UFPB, tem passagens nos principais veículos de comunicação da Paraíba. É MBA em Marketing Estratégico e em mídias digitais. Apresentador e editor de TV e rádio, também atuou na editoria de portais e sites do estado. Ganhador de vários prêmios de jornalismo, na Paraíba e no Brasil. Quer mais? Leia a entrevista concedida ao Espaço K do MaisPB

Espaço K – Sua experiência maior vem da televisão?

Hermes de Luna – Comecei no impresso. Pra valer mesmo, assinei a carteira pela primeira vez em O MOMENTO, que tinha Luiz Eduardo (Duda), Anete Leal e Jacinto Barbosa na linha de frente. O jornal passou a ser diário e o editor passou  a ser Walter Santos. Na época, já tinha galgado alguns cargos na redação e Walter me escalou como secretário de redação. Era uma espécie de editor adjunto. Foi um aprendizado muito forte, até que o jornal fechou as portas. Passei um pouco tempo em O NORTE e depois fui convidado para o CORREIO DA PARAÍBA. Fui ser repórter de política, que na editoria tinha Lena Guimarães. Depois virei colunista de política, com Lena assumindo a editoria geral. A partir daí, fui abrindo espaços no Sistema Correio. Quando Luiz Otávio faleceu, tive minha primeira experiência de rádio, assumindo interinamente o programa  do meio-dia. Era inexperiente ainda para o rádio e acabei voltando pro impresso. Quando a TV CORREIO se consolidou como afiliada da Record, comecei a aparecer na teleninha como comentarista político do jornal da noite. E foi assim que cheguei na TV.

Espaço K – Lembro de você na telinha  Correio Cidades, com matérias incríveis – vamos falar sobre  isso?

Hermes de Luna  -CORREIO CIDADES é um projeto meu. Nos anos 90, apresentei a ideia a Alexandre Joubert e à Paula Gentil. O programa era nos sábados, por volta das 12h30. Deu tão certo que em determinado momento era o maior Ibope da CORREIO. Até hoje está no ar, aos domingos. O perfil mudou um pouco, mas ele resiste. Levo um pouco da essência do programa para minhas reportagens sobre agro e empreendedorismo. Sempre rendem belas pautas.

Espaço K –   Um momento, o primeiro batente  foi no impresso O  Momento?

Hermes de Luna – Sim, comecei em O MOMENTO, que ainda era de Jório Machado, mas tinha passado a ser diário. O jornal foi comprado pelo grupo Enarq e mudou-se para um prédio que ficava ao lado da TV Cabo Branco, que ainda estava sendo instalada em João Pessoa. O MOMENTO virou referência de política.

Espaço K – Aqui em João Pessoa, tem  outros ramos da família Luna, tem os Luna Freire, Valdina Luna. De onde vem o Luna de Hermes?

Hermes de Luna  – Meu Luna vem de Mari, no brejo paraibano. A rua principal da cidade é Antônio de Luna Freire, que foi bisavó e eu não cheguei a conhece-lo. Meu avó paterno foi morar em Sapé. Meu pai contava que o nome dele tinha Freire. Foi estudar num colégio interno e fugiu de lá quando tinha 18 anos, deixando todos os documentos para trás. Seguiu clandestino num navio para o Rio de Janeiro e foi descoberto pela tripulação em Salvador, mas ele não foi retirado do navio. Chegando no Rio, para conseguir emprego, teve que tirar todos os documentos e adotou o nome de Luiz de Luna e Silva (tirou o Freire). Por isso meu nome ser Hermes de Luna e Silva.

Espaço K –    Hoje você comanda um programa político na TV Correio, faz tempo né, acho que começou com você e Lena Guimarães?

Hermes de Luna  – Na verdade, comecei como comentarista também, já que ainda estava no impresso. Depois, comandei por um bom tempo ao lado de Haryanne Arruda, depois com Giovanni Meireles e passei a ser o âncora, tendo a honra de ter Lena Guimarães como comentarista político. Até hoje, pauto, faço reportagens quando necessário, edito e apresento o Correio Debate, com muito orgulho. Estou à frente há mais de 10 anos e sempre o Ibope nos dá a liderança absoluta entre os programas do segmento político e no horário entre os locais.

Espaço K – Nesse programa o empresário Roberto Cavalcanti tem uma participação, um quadro? 

Hermes de Luna  -Na quinta-feira tem os comentários de Roberto Cavalcanti. Na primeira terça-feira de cada mês tem o quadro CORREIO CONVIDA, onde levamos sempre alguém que tenha uma história de sucesso pra contar. Acho muito legal essa participação e o público responde positivamente.

Espaço K –  Você usa  e não abusa das redes sociais… 

Hermes de Luna  -Sim. Redes sociais pra mim são mais ferramentas de trabalho do que de diversão. Procuro sempre usa-las de forma comedida. Nada de grandes exposições e de sensacionalismo. O problema da internet é aguentar idiotices baratas e elas passarem como sendo verdade. Um dia desses, um site desses inventou de rotular apresentadores e repórteres de TV que eram defensores de Lula e de Bolsonaro. E tinham os “neutros”. Essa é uma babaquice sem tamanho. Primeiro, porque não existe neutralidade. Segundo que o site colocou como “neutros” apenas os de uma determinada empresa, como se quisesse passar pano. E lá eu estava na coluna dos “bolsonaristas”. Nunca votei em Bolsonaro e nem em Lula. Não sou neutro e como cidadão tenho a liberdade de escolher minhas opções políticas. Quer ver uma coisa: nas eleições passadas meu voto para deputada estadual foi Cida Ramos, minha conterrânea. Patrulhamento ideológico de jornalista por jornalistas é ridículo, fora de propósito e deixa a parecer que estão servindo a propósitos inconfessáveis.

Espaço K – Tem planos de um novo programa, para mexer com a cidade, de variedades?

Hermes de Luna  – Isso eu não posso contar (rsrsrsrs…)

Espaço K – Jornalista casado com jornalista dá certo, né?

Hermes de Luna –  Sou casado há mais de 30 anos com a mesma mulher. Foi ela que escolhi para ser minha companheira de jornada. Temos dois filhos lindos e não tenho dúvidas de que soubemos nos adaptar a tudo que envolve a profissão. Fábia Carolino está sempre do meu lado, em tudo que faço. Procuro também retribuir tudo isso.

Espaço K – HL tem hábitos de leitura, faz caminhadas, dorme bem?

Hermes de Luna – Já fui maratonista. Fiz duas (42km). Fiz várias meias maratonas (21km) e perdi a conta de corridas de 10km e 5km. Hoje, por conta de problemas no joelho, faço apenas caminhadas leves. Durmo bem, leio sempre e aprecio um bom vinho. Aos poucos, descobri dotes culinários, na preparação de bolos e massas. Estava no meu DNA, sou filho de dono de padaria. Luiz de Luna tinha a padaria A IMPERIAL, em Sapé, por quase 30 anos.

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