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Educador Físico,  Psicólogo e Advogado. Especialista em Criminologia e Psicologia Criminal Investigativa. Agente Especial da Polícia Federal Brasileira (aposentado). Sócio da ABEAD - Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas e do IBRASJUS - Instituto Brasileiro de Justiça e Cidadania. É ex-presidente da Comissão de Políticas de Segurança e Drogas da OAB/PB, e do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas do município de João Pessoa/PB. Também coordenou por vários anos no estado da Paraiba, o programa educativo "Maçonaria a favor da Vida". É ex-colunista da rádio CBN João Pessoa e autor dos livros: Drogas- Família e Escola, a Informação como Prevenção; Drogas- Problema Meu e Seu e Drogas - onde e como lidar com o problema?. Já proferiu centenas de conferências e cursos, e publicou dezenas de artigos em revistas e livros especializados sobre os temas já citados.

Meu pedido ao Papai Noel

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publicado em 19/12/2023 às 07h00
atualizado em 18/12/2023 às 17h29

O advento do Natal, para os cristãos é sempre motivo de comemorações entre as pessoas. Nesse período, os corações e mentes geralmente ficam mais sensíveis, tolerantes e generosos, as trocas de mensagens com os desejos de saúde, felicidade, prosperidade etc., e também de presentes, ficam bem mais frequentes. É comum também que as pessoas fiquem mais ansiosas, agitadas e até se estressem mais, pois há uma autocobrança em relação àquelas ações e planos idealizados para serem executados durante o ano, mas que até esse momento grande parte da agenda programada não foi cumprida. Aí o estresse é inevitável.

Muitas vezes esquecemos até do aniversariante, Jesus Cristo. Mas o personagem “Papai Noel”, com certeza será a figura mais presente nas nossas mentes, pois os comerciantes e empresários em geral jamais nos deixarão esquecer, haja vista que o natal para estes é sinônimo de aquecimentos das vendas e, consequentemente, bons lucros.

E assim, somos todos envolvidos numa agitação social e frenesi inevitável: “correrias” de muitos, como já citado, na tentativa de recuperarem o tempo perdido, tentando atualizar as tarefas e metas não cumpridas, inúmeras confraternizações, desejos mútuos de saúde, prosperidade, felicidades etc., e também pedidos intermináveis, especialmente das crianças, que culturalmente são invadidas por mensagens informando-as que o natal é o período em que estas serão presenteadas por papai Noel. Embora, para frustração de muitas destas e dos seus pais, tais presentes nunca cheguem.

Desta forma, para não fugir à regra, quero aproveitar o clima natalino, ocasião em que geralmente as esperanças, promessas e planos são renovados, não apenas nas crianças, mas também em nós adultos, para também fazer os meus pedidos ao Papai Noel. Portanto, gostaria que não eu, especificamente, mas o meu país, o Brasil, fosse agraciado com os seguintes presentes: que os gestores e políticos brasileiros lutem não apenas pelos seus interesses e benefícios pessoais e das suas famílias, mas sim pelo bem comum; que a assistência à saúde, à educação e à segurança esteja sempre acessível a toda a sociedade e não apenas para aquele(a)s que podem pagar por estes serviços; que os conhecidos “auxílios moradia” sejam específicos para aquelas pessoas que realmente precisam, e não para as castas que estão alojadas nas cúpulas dos três poderes da República, (Executivo, Legislativo e Judiciário; que ao invés de carros oficiais com combustível e motoristas para servirem a estes privilegiados dos poderes já citados, possamos ter transporte público digno e eficiente para todos; que os montantes incalculáveis das verbas de gabinetes, sejam transformados em ajudas humanitárias para os cidadãos e cidadãs que estão na linha de pobreza ou abaixo desta, e não são poucas as pessoas que se encontram nesta situação; que não mais existam super faturamentos das obras públicas, nem residências oficiais para as castas dos invioláveis já descritos; que o povo brasileiro não se divida, odiando uns aos outros, induzidos por políticos demagogos e oportunistas; que o poder judiciário seja menos moroso nos seus julgamentos, e que julgue a todos os brasileiros e brasileiras de forma igualitária perante a lei, e não de acordo com o poder político ou financeiro daquele(a) que está sendo julgado. Pois desta forma poderemos minimizar a impunidade crônica existente no Brasil, e sonhar com um país mais justo e humano para todos e todas.

Enfim, esta é a solicitação que, esperançoso, ora encaminho ao “Papai Noel”. Sei que é pedir muito. Mas, segundo o enredo da Escola de Samba Mocidade Independente, de anos atrás, “sonhar não custa nada e o meu sonho é tão real”, e, assim sendo, gostaria que todo o povo brasileiro pudesse ser contemplado com tais presentes.

Feliz Natal!

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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