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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

A flor do Cosmo

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publicado em 18/04/2023 às 07h00
atualizado em 17/04/2023 às 16h53

(dedicado a Francis e Vítor Córdula)

Em todas as coisas belas ocorrem formas de sinais sagrados, que moldam nossas diferentes sensibilidades.

Fui ao jardim procurar a abelha fazendo mel da canção de Milton Nascimento e tive a sorte de encontrá-la, uma não, duas. As abelhas e as flores fazem na natureza um trabalho sagrado.

No culto, aquilo que deveria ser, seu voo é, também, a finitude. Tudo passa, mas já estou a falar do que não queria, o GH.

A abelha se multiplica em sua movimentação, alimentação, até nos chegar o mel, em seu vigor efêmero no tempo de todos nós, que quando não demoramos muito, vamos mais cedo para o amém.

Há muito do sagrado na canção de Milton Nascimento, por tantos outros cantos, ao mostrar sua natureza: “A abelha fazendo o mel, vale o tempo que não voou, uma estrela caiu do céu, o pedido que se pensou”
Não somos todos iguais nas manhãs em que as flores se abrem e não falam, bem longe das controvérsias, diferente do peixe que morre na rede dos pescadores, predadores da fome.

Libertas quae sera tamen. Nem que seja tarde.

Uma coisa de cada vez.  Deixar que o afeto, sobretudo a fase larval das borboletas e o voo das abelhas sempre grudadas nas flores, estabeleçam dias mais coloridos, nunca os dias banais e comportamentos gerais.

Eu nunca entendi porque no latim que se diz “o homem é o lobo do próprio homem”, dono da terra. Sirvo-me das canções para ilustrar a abordagem dos meus textos, das maravilhas do viver.

Encontrar a abelha, não a Rainha, sobre a flor do Cosmo, já é um pouco de amor.

Desde o sertão sem veredas,  que eu via essa flor na praça, nos jardins das casas e não imaginava ser uma invenção divina, como agora escrevo sobre ela, digo, a abelha no cenário, seja através da favo ou do mel, que nos fornece sensações da vida toda, o papel dessa cena, o bicho da seda, ou algum instrumento tocando longe daqui, feitos os livros que leio.

É isso que temos para hoje.

Kapetadas

1 – Acontece de tudo o tempo todo. Mas o que mais ocorre é boletim de ocorrência.

2 – Aqui ou na China, com partidários ou com comitiva, não existe almoço grátis. Se existir, você é parte do menu. Sacou?

3 – A flor do Cosmo, derivado do grego significa harmonia, ordem e equilibro, essa flor também simboliza alegria e o amor.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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