João Pessoa, 13 de maio de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O senador Cícero Lucena (PSDB), pré-candidato a prefeito de João Pessoa, disse neste final de semana que está pedindo para ser julgado no Supremo Tribunal Federal sobre a ‘Operação Confraria’, afirmou que é o político mais investigado da Paraíba e afirmou que tem atestado de idoneidade.
“Sou o político mais fiscalizado da história da Paraíba. Meu sigilo político e bancário foi quebrado há dez anos atrás, dos meus filhos, da minha mulher…”, disse o senador afirmando que nada foi encontrado que lhe condenasse e lembrou que em todos os processos julgados, até agora, foi inocentado.
“Tenho atestado da Receita Federal. Nenhum político da Paraíba tem isso”, afirmou o senador.
O tucano disse ainda que está solicitando que o STF o julgue. “Sou a favor da ficha limpa. Estou pedindo para ser julgado”.
Operação Confraria foi a investigação de um suposto esquema de licitações irregulares e desvio de verbas da Prefeitura de João Pessoa em obras que recebiam repasses do orçamento da União.
Além de superfaturadas, as obras teriam sido pagas mesmo que não realizadas. No período entre 1999 e 2001, durante a administração do ex-prefeito Cícero Lucena, empresas foram supostamente favorecidas por licitações “esquentadas” realizadas no ano de 1991, ou seja, empresas vencedoras de licitações em 1991, quase dez anos depois realizavam novas obras com base na mesma concorrência.
Entre as principais fraudes apontadas nas investigações estão a Orla do Cabo Branco – prejuízo de R$ 537 mil e o esgotamento sanitário e a drenagem de águas pluviais do bairro do Bessa – prejuízo de R$ 5 milhões. Dos 10 contratos analisados, todos teriam apresentado irregularidades.
As denúncias levaram à prisão de Cícero Lucena em Julho de 2005, além dele a Polícia Federal chegou a prender outras seis pessoas durante a chamada Operação Confraria. A operação foi assim batizada, segundo os policiais, porque o caso se assemelhava a uma ação entre amigos para desviar dinheiro público. Indiciado, Cícero foi solto, mas teve de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para poder se candidatar ao Senado, cargo pelo qual foi eleito em Outubro de 2006.
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BOLETIM DA REDAÇÃO - 26/09/2025