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SÃO PAULO

Em lançamento de candidatura de Haddad, Lula critica Serra e gestão atual

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publicado em 02/06/2012 ás 14h39

 No discurso de apoio à candidatura do petista Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou que o sucesso do PT na eleição depende dos votos de quem não é de esquerda e fez críticas ao adversário tucano José Serra.

"Eu não sei por que ele quis ser candidato", afirmou, referindo-se a Serra como um "adversário desgastado".

"Foi eleito e não ficou na prefeitura. Usou a cidade como trampolim. Foi candidato a governador, elegeu-se mas achou que era pouco e tentou sair para presidente. Mas tomou uma tunda da Dilma", disse Lula.

O ex-presidente afirmou que Serra voltou a tentar a candidatura empurrado pela disputa com o governador Geraldo Alckmin por hegemonia dentro do PSDB. "Voltou a ser candidato na cidade que abandonou depois de um ano e quatro meses", disse.

Em seu discurso, Lula voltou às eleições passadas do PT em São Paulo. Disse que, numa conversa com aliados do PT na campanha a presidente em 2002, disse aos interlocutores que era preciso construir uma candidatura que atraísse os eleitores além da fatia de 30% dos tradicionais votantes no PT. E recomendou que Haddad e seus aliados façam o mesmo.

Lula lembrou que, à exceção de Luiza Erundina, que foi eleita quando havia apenas um turno, o PT só foi eleito graças ao avanço sobre este público.

"Em 2000, no segundo turno, tivemos o apoio do Mário Covas [ex-governador do PSDB] contra o [Paulo] Mafuf", observou.

Lula agradeceu aos deputados Carlos Zaratini e Jilmar Tatto, que estavam presentes, e a senadora Marta Suplicy, que faltou ao evento, pela desistência da disputa em nome de Haddad.

O ex-presidente fez críticas à gestão da prefeitura. Afirmou que a rua onde vivia nos anos 60 sofre com enchentes até hoje e disse que a Avenida Paulista é "mais feia do que São Paulo merece".

Com a voz falhando em alguns momentos, Lula fez um discurso de cerca de meia hora no lançamento da candidatura de Fernando Haddad. E reclamou que a garganta ainda está inflamada.

"Vocês não sabem como ainda é difícil beber água, engolir saliva e comer macarrão alho e óleo", disse à plateia. "Essa tosse não será eterna. Até julho acho que acaba".

Folha.com

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