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SÃO PAULO

Ausência de Marta em ato pró-Haddad causa irritação entre petistas

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publicado em 02/06/2012 ás 16h16

 A ausência da senadora Marta Suplicy (PT-SP) no evento que marcou o lançamento da candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo irritou dirigentes petistas. Segundo eles, Marta já tinha confirmado presença no 18o Encontro Municipal do PT, que aconteceu neste sábado (2), em um centro de convenções na Zona Norte da capital paulista, mas não justificou sua ausência.

"Não fiquei sabendo o motivo pelo qual Marta não apareceu. Não sei a justificativa", afirmou o presidente nacional do PT, Rui Falcão. Durantes as mais de duas horas com discursos de vereadores, deputados federais e estaduais, ministros e também do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alguns parlamentares ainda tentavam entrar em contato com a assessoria da senadora. Sem resposta.

"Ninguém atende, ela não vem e ninguém sabe o por quê", disse um dos dirigentes do PT paulistano, visivelmente irritado. "Acho que ela não pode vir", disse o deputado federal Paulo Texeira (PT-SP) ao final do evento.

Nos bastidores, o clima entre os petistas foi de desconforto e irritação. Marta foi preterida por Lula e precisou retirar sua pré-candidatura na capital paulista em favor de Haddad em novembro do ano passado.

Desde então, a senadora não participou de nenhum evento pró-Haddad, de nenhuma das reuniões do conselho político da pré-campanha, do qual fazia parte, e chegou alfinetar o ex-ministro da Educação em um discurso, dizendo que "não bastava o novo" para ser prefeito de São Paulo.

No entanto, a campanha publicitária de Fernando Haddad, sob o comando do baiano João Santana, marqueteiro de Lula e da presidente Dilma Rousseff, focou exatamente nessa ideia. "O homem novo para um tempo novo" é um dos slogans utilizados. O jingle segue o mesmo tom e fala sobre "Haddad, o homem novo pra essa cidade".

E o evento deste sábado (2) serviu justamente para apresentar, em tecnologia digital, algumas das principais peças da campanha. Às 10h20, João Santana passou apressado entre os milhares de militantes petistas e se postou em frente à mesa principal de som, com doze monitores e cinco pessoas para ouvir suas ordens. "Coloca o jingle agora", falava o marqueteiro. "Aumenta um pouco, aumenta um pouco… Isso, agora tá bom".

Com olhos atentos e virando-se frequentemente para a mesa de som, Santana orquestrou as luzes e músicas que abriam e fechavam cada fase do evento. Na entrada de Lula e Haddad, os últimos a compor a mesa, o marqueteiro pediu para que pusessem imagens de fogos de artifício no telão, sincronizadas com o barulho que davam a impressão de estarem explodindo dentro da sala.

Fogos que talvez serviriam para acalmar os ânimos dos petistas mais tarde. Até pouco depois das 15h30, quase três horas após o discurso de Haddad, nenhum dirigente do PT havia conseguido falar com Marta ou com sua assessoria. O celular da senadora só caía na caixa postal.


Terra.com

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