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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em
Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da
Comércio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo
da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

A rede 5G e o crescimento econômico do país

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publicado em 11/07/2022 às 14h52

Por Alexandre Costa

Centrada num incessante desafio tecnológico de oferecer velocidade máxima com latência mínima, a nova geração de conectividade móvel (Rede5G) estreou no Brasil na última quarta-feira (6) na cidade de Brasília com uma expectativa de cobertura, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), de todas as capitais brasileiras até o fim de setembro.

Sucessora da rede4G, o 5G é a quinta geração de telefonia móvel, uma nova tecnologia de transportes de dados em rede vinculada a dispositivos moveis.O Ministério da Ciência e Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC)aposta na tecnologia enfatizando que o 5G não se trata de apenas de uma atualização de mais uma geração de conectividade de redes moveis e sim de uma revolução tecnológica indutora do desenvolvimento nacional.

De fato, estamos passando de uma conexão rápida para uma conexão instantânea.  A nova tecnologia 5G, “versão pura” (standalone), chega utilizando uma faixa de rádiofrequência de 3.300MHz a 3.700 MHz com uma velocidade de até 1 a 10 Gbps (gigabits por segundo), 100 vezes maior que a média do 4G, comum a latência (reposta da conexão) de 1 milissegundo com potencial para conectar 1 milhão de dispositivos moveis por quilometro quadrado.

É a garantia de transferência de arquivos e consumo de streaming em tempo real assegurando de vez a nossa tão sonhada “Internet das Coisas”, facilitando a vida das pessoas, desenvolvendo as Cidades Inteligentes com serviços públicos eficientes, fortalecendo a competitividade do agronegócio, viabilizando a Inteligência artificial a  t

Telemedicina e   o uso de  carros autônomos além de turbinar o programa “Industria 4.0” que consolida estratégias tecnológicas para reerguimento da nossa indústria, se tornando num aliado fortíssimo para o desenvolvimento nacional. A Stellantis, donas das marcas Fiat e Jeep, já anunciam ganhos de produtividade de 7% em sua fábrica em Goiana em Pernambuco com a implementação da tecnologia 5G nos processos de produção dos seus carros.

Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam uma projeção de investimentos de R$ 140 bilhões no país até 2025 para modernização de empresas com a implantação da nova tecnologia ultrarrápida de internet. Somente para soluções e serviços relacionados a Internet das Coisas, fecharemos o ano de 2022 com R$ 8,6 bilhões alocados. Embora esteja chegando no Brasil de forma incipiente em Brasília, a tecnologia 5G “pura” de última geração já está presente em mais1300 cidades nos países mais desenvolvidos do mundo, como EUA, comunidade europeia e alguns países asiáticos.

Enfim, segundo esse mesmo estudo da CNI, somente a implantação do 5G no país tem potencial para gerar um aumento de 1 ponto percentual médio, por ano, no nosso Produto Interno Bruto (PIB)até 2035. O Brasil agradece.

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário com MBA em Gestão Estratégica de Negócios, membroefetivo e fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras-ACAL

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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