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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Show de bola

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publicado em 07/06/2022 às 07h00
atualizado em 07/06/2022 às 06h13

Nunca joguei bola. Nem zagueiro, nem goleiro.

Gostava de brincar de time de botões e derrubar castanhas. Não me lembro como era o nome desse jogo, que a gente usava notas de carteiras de cigarros, como pagamento. Eu tinha um maço de dinheiro de papel. Se alguém souber, manda pelo privado.

Só vejo jogos da Copa. Qualquer um que acompanhe minimamente o futebol vai saber que ali está um jogo, que na verdade, é uma performance. Adoro a Marta.

Eu nunca estou a par de qualquer polêmica de futebol. Tenho um amigo, o escritor Eduardo Lamas Neiva, autor do livro “Contos da Bola”, que entende muito de futebol, mas eu não.

Eu não sei patavinas sobre o Internacional e o Palmeiras, nem sei explicar tal lanche. Que lance?  Cobrança de escanteio, isso eu sei. Quando sai um gol de escanteio, parece que salva a lavoura.

Empate eu sei, claro. Às vezes acho futebol um jogo violento.

Escuto dizer que o juiz não viu (ou fingiu que não), o bandeira não viu, ninguém viu. Delírio, né? Sei que Zé Lins do Rego era flamenguista. Nelson Rodrigues era fluminense. Meu amigo Germano Toscano, é torcedor do Flamengo. É o mundo todo?

O juiz às vezes anula o gol, né? Não sei. Segundo a comissão de arbitragem… e existe isso? Sim, o quarto árbitro (aquele que levanta a placa das substituições) teria visto o toque e avisado a infração para o juiz central, via rádio. Delírio, né?

E o gol? E a cara angustiada do goleiro na hora do gol, da canção de Belchior.

Vamos às polêmicas: embora seja impossível não existir polêmica em tudo na vida.  Você viu o replay pela televisão? Faz tempo que não vejo novela, nem Pantanal etc & tal.

Não sei nada de futebol.  O Palmeiras joga de branco? Flamengo até morrer?  E Pelé? Ah, o rei pediu uma trégua a Putin, pelo menos o pedido de um rei. Aliás, o antigo astro do futebol brasileiro discorda de forma veemente de quem considera Lionel Messi o melhor jogador da história. Ora, bolas!

Sim, entrevistei Pelé, em Natal, na década de 90. Gol do K

Meu filho adora futebol. Escuto os gritos de longe.  O que é chips na bola?

Não sei nada de futebol, sequer da humanização do futebol.

E o Maradona? Outro dia li que tem uma confusão na justiça, briga pela herança. O lance foi brilhante. Que lance?

E as torcidas se matando fora dos estádios? Jogadores ganham fortunas, né? É o capetalismo!

“É muito legal o futebol”, disse uma raposa no meu ouvido. E raposa fala? Show de bola, como diz meu amigo setentão, Abelardo Jurema.

 Kapetadas

1 – Existe um mantra que eu adotei e levo pra vida: “Ninguém liga”. Recomendo, apesar que ninguém liga.

2 – O Piquet foi lá, entrou com tudo, Shakira descobriu que ele fez uma falta grave. Piquet levou cartão vermelho, agora é com o Juiz.

3 – Som na caixa: “A defesa é segura e tem rojão, E o goleiro é igual um paredão. Esse jogo não pode ser 1 X 1”, Jacson do Pandeiro

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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