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NESTA TERÇA

CPI do Cachoeira encerra sessão sem ouvir nenhum depoimento

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publicado em 03/07/2012 ás 15h44

A CPI do Cachoeira encerrou os trabalhos nesta terça-feira (3) sem ouvir nenhum dos quatro depoimentos previstos. Nas próximas horas, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), vai se reunir com lideranças dos partidos para decidir os próximos passos e rito de depoimentos, e também como será feita a reunião administrativa agendada para a próxima quinta-feira (5).

Foram convocados para falar hoje quatro pessoas citadas nas investigações da Polícia Federal e que têm ligação com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Todos serão reconvocados, de acordo com o presidente.

Joaquim Gomes Thomé Neto, uma das testemunhas chamadas, passou por um exame de cateterismo no último dia 26 e apresentou atestado médico. Ele é apontado pela Polícia Federal como responsável pelas escutas clandestinas que auxiliavam o esquema comandado por Cachoeira.

No atestado médico encaminhado ao Congresso, ele alegou apresentar um quadro de "oscilação de pressão e tonturas sucessivas”. Além do atestado, Neto conseguiu ainda um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir o direito de permanecer calado.

Outra convocada, a empresária Ana Cardozo de Lorenzo, sócia da Serpes Pesquisas de Opinião e Mercado, empresa contratada na campanha de 2010 de Perillo, não apareceu. Ela não explicou o motivo da ausência e deve comparecer em uma próxima sessão

A empresa dela recebeu depósitos da Alberto e Pantoja, indicada pela Polícia Federal como empresa fantasma de Cachoeira.

Os outros dois convocados não foram localizados pela Polícia Legislativa do Senado Federal e, por isso, não foram notificados.

Os agentes da Polícia Legislativa não conseguiram notificar o ex-presidente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de Goiás Edivaldo Cardoso. A alegação é que ele estava em viagem. Cardoso teria sido indicado ao cargo por Cachoeira.

A empresária Rosely Pantoja também não foi localizada. Ela é responsável pela empresa Alberto e Pantoja. De acordo com o relatório dos policiais entregue à CPI, o irmão de Rosely, Carlos Alberto Rodrigues da Silva, informou que há dois anos não sabe o paradeiro dela.