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Ana Karla Lucena  é bacharela em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba. Servidora Pública no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba. Mãe. Mulher. Observadora da vida.

Um presente de aniversário

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publicado em 25/04/2022 às 07h00
atualizado em 24/04/2022 às 13h07

Dos mais nobres presentes que na vida se pode ganhar, este aniversário me trouxe um muito especial. Embalado com muito carinho, entregue antecipadamente, compartilho com vocês. Porque num mundo onde o feio não tem pudor em mostrar-se, o belo precisa ser espalhado aos quatro cantos. Deliciei-me com tão lindas palavras. Deixo-vos com elas.

Um farol para a escritora

“A mulher é a grande matriz geradora

Do amor, do calor e de todo humano ser.

Ao homem, cabe ser-lhe, piamente:

De suas belezas, sábio em sublime contemplação;

De seu sentir, sopro que lhe acalma o coração;

De seu amar, corpo que lhe arde em consumação;

De seu pensar, página que representa uma emoção;

Do duvidar, mapa a lhe ajudar na direção, e;

De seu viver, aconchego de pai, carinho de amigo e abraço de irmão.

De tal feita, conheço uma bela escritora,

Suave, sensível e de sutil conhecer

Das delícias do sentir e das malícias da mente.

A escritora busca fonte em que beber e se inspirar,

Para revelar memórias e fatos de rir e chorar;

Para contar histórias em palavras de elucidar;

Para narrar os dias e noites de uma vida singular

(Como são as vidas dos que vêm para emocionar

Aos que sabem dar valor às histórias de contar).

Proponho-me, pois, a auxiliar a escritora

Em seu nobre e belo ofício de escrever

Sobre o viver de mim, de si e de toda gente.

À escritora, reporto meus íntimos significados;

À bela, ajudarei a desvendar símbolos intocados;

À fada, lembrarei dos belos sonhos a si destinados,

Quando assistida por anjos, em sonos velados

Pela Ponte de Amor que a liga aos Não Revelados.

Quão nobre é a missão de ajudar a encantadora Senhora de lindas crônicas de nosso viver!

Assumo, pois, o dever a se impor urgente:

Da ação de inspirar, dar-lhe a imagem do arrebol;

Do labor de escrever alumiá-la como o amigo sol;

Das agruras do viver, cantar-lhe melodias de rouxinol;

Do frio da tristeza, ser-lhe abrigo, lareira e cachecol, e;

Da direção a seguir, tornar-me o mais alto farol!

Ser farol para a escritora é como a aurora

Para todo menestrel de verso e canto.

Como a chuva na janela é redentora. Como o lago para a lua é acalanto…”

Por Vinicius Ribas Miron

Obrigada, querido amigo Vini! Não só o meu, mas  outros corações sensíveis puderam conhecer um pouco do seu. Amei o presente!

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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