João Pessoa, 28 de julho de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O imbróglio da eleição de Reitor da UFPB promete novos capítulos e novas polêmicas nos próximos dias. Nesta segunda-feira (30), será votado pelo Conselho Universitário (CONSUNI) da instituição o relatório da Comissão Eleitoral que coordenou os trabalhos da Consulta à comunidade para a escolha do próximo Reitor da UFPB que aconteceu no último dia 6 de junho. Na Consulta, foi eleita a professora Margareth Diniz, atual diretora do Centro de Ciências Sociais da UFPB.
Para esta reunião, o atual reitor Rômulo Polari já nomeou dois relatores para formular o parecer sobre o processo. Os apoiadores da reitora eleita, Margareth Diniz, estranham esse procedimento, já que, segundo eles, o Relatório da Comissão Eleitoral deveria ser o objeto de discussão da reunião.
Para aumentar o mistério, já foram nomeados dois relatores para esse processo. A primeira relatora, a professora Marizete Fernandes, do Centro de Educação, aceitou ser relatora do processo, mas desistiu sob circunstâncias não relevadas. A reportagem tentou contato com a professora para obter explicações do motivo pelo qual deixou a relatoria, mas a docente não retornou as ligações.
Em substituição à antiga relatora, foi indicado Antônio Eustáquio, professor do Campus de Bananeiras da UFPB. A reportagem recebeu denúncia de que o filho de Eustáquio (Rafael de Almeida Travassos) foi nomeado para o cargo de professor pelo reitor Rômulo Polari. Esse ato seria considerado normal se Rafael Travassos tivesse prestado o concurso na UFPB. Na verdade, Almeida Travassos fez concurso na Universidade Federal do Recôncavo Baiano e ficou em quarto lugar.
A UFPB poderia abrir vaga para um concurso, mas preferiu aproveitar o resultado do concurso que fez Rafael de Almeida Travassos. Além disso, segundo consta no Diário Oficial da União, tudo isso foi feito às vésperas do vencimento da validade do concurso (dois anos), que foi realizado em 29 de junho de 2010. Rafael foi nomeado por Polari em 27 de junho de 2012.
De acordo com o comitê de campanha de Margareth Diniz, esta votação deveria acontecer para respeitar a vontade dos que votaram e não os interesses de alguns. “O único desejo que tenho é que esse processo aconteça com lisura, principalmente para respeitar a vontade das pessoas que me elegeram democraticamente para ser a nova reitora da UFPB”, disse Margareth.
MaisPB com Assessoria
VEREADOR QUESTIONA - 09/10/2025