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Radicada em São Paulo, a paraibana Luiza Erundina de Sousa, 87 anos, é paraibana de Uiraúna (PB) e deputada federal em seu sexto mandato. Com forte atuação na vida pública, mesmo com a licença da Câmara Federal por conta da pandemia de Covid-19, Erundina não deixou as críticas de lado ao avaliar como serão as eleições presidenciais do próximo ano.
Em entrevista à Folha de São Paulo, a paraibana, filiada ao PSOL/SP, diz que a oposição não pode titubear diante da candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e prega união em torno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas faz ressalvas sobre as alianças.
“Antes da possibilidade de ter aliança com (Geraldo) Alckmin na vice, havia quase consenso no partido de uma frente ampla com unidade das forças que queiram tirar o país deste abismo em que se encontra, derrotando o bolsonarismo, não só o Bolsonaro. E não seria apoiar qualquer um, porque Lula não é qualquer um, já foi testado como presidente duas vezes. Não é que ele tenha sido perfeito. Tenho restrições, fiz críticas a seus governos. Mas não dá para titubear, ele provavelmente seja um dos poucos capazes de derrotar Bolsonaro”, disse.
Sobre a escolha do nome para compor chapa, a deputada destaca que é preciso avaliar os riscos. “Não pode ser a qualquer preço. Não pode ser a preço de conciliações que não permitirão que se façam as reformas de que o país precisa. Precisamos recuperar aquilo que se perdeu ao longo de três anos de Bolsonaro. A busca de governabilidade não pode levar a conciliações que não servem para construir um outro país. Não é questão de nomes. Não tenho nada contra a pessoa do ex-governador [Alckmin], mas o partido do qual ele fez parte a vida inteira é conciliador de primeiríssima hora. Todo governo, seja qual for, tem tucano nele. Lembremos que o [governador João] Doria apoiou o Bolsonaro. O modelo histórico do PSDB é de governos privatistas, neoliberais, de Estado mínimo e que subordinam o Legislativo”, critica.
Erundina foi prefeita da capital paulista (1989-1992), além de vereadora, deputada estadual e ministra. Militou no PT de 1980 a 1998, quando migrou para o PSB. Filiou-se ao PSOL em 2016 e concorreu novamente a prefeita. Foi vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo em 2020, derrotada no segundo turno.
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CABEDELO - 13/11/2025