João Pessoa, 07 de agosto de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, ficou calada no depoimento desta terça-feira (7) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito criada para investigar o elo do contraventor com políticos e empresários. “Vou exercer o meu direito constitucional de permanecer calada”, afirmou Andressa ao ser indagada pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), se estaria disposta a colaborar com as investigações.
Vital do Rêgo perguntou, então, se Andressa responderia às perguntas dos parlamentares se a reunião fosse realizada em caráter secreto, sem a presença da imprensa. "Vou exercer meu direito constitucional de permanecer em silêncio", reiterou a mulher do bicheiro, que compareceu à CPI acompanhada do advogado Gerardo Grossi.
Na semana passada, Andressa foi acusada de tentar chantagear o juiz responsável pelo processo que investiga Cachoeira, Alderico Rocha. Ela foi levada à sede da Polícia Federal de Goiânia para prestar depoimento e teve de pagar fiança de R$ 100 mil para não ser presa. Além da fiança, Andressa foi proibida pela Justiça de visitar Cachoeira no presídio da Papuda, em Brasília. O relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), criticou a postura da mulher do contraventor.
"Temos aqui uma pessoa que ameaça juiz, que ameaça parlamentares, então seria uma oportunidade para ela se defender", afirmou o petista.
O outro deponete do dia, o policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, também se recusou a responder às perguntas dos parlamentares. Thomé Neto é apontado como suspeito de realizar escutas telefônicas clandestinas para o grupo de Cachoeira.
Com as recusas dos dois depoentes de responder às questões, o senador Vital do Rêgo encerrou a sessão do dia.
G1
VEREADOR QUESTIONA - 09/10/2025