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Aedes aegypti

PB lidera casos de zika do Brasil, diz Saúde

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publicado em 30/11/2021 às 18h41
atualizado em 30/11/2021 às 16h20
Aedes aegypti

Com 4.252 casos de zika, uma das doenças causadas pelo Aedes aegypti, a região Nordeste concentra 74,5% dos registros do País em 2021, com 5.710 no total. Na Paraíba, são 1.335 casos, maior número do Brasil, e que representa um aumento de 345% no estado, se comparado ao mesmo período de 2020, quando foram notificadas 300 ocorrências da doença. Em relação à dengue, foram 14.078 casos em 2021 contra 6.386 em 2020.

Para atenuar a incidência dos casos e mobilizar a sociedade sobre a importância de manter uma rotina de cuidados em relação ao mosquito vetor, o Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (30), a campanha “Combata o mosquito todo dia”, que tem como objetivo evitar surtos e epidemias das doenças causadas pelos arbovírus.

Entre as principais arboviroses de circulação urbana, dengue, zika e chikungunya, zika foi a única que não registrou óbitos em 2021. Ao todo, foram registrados 5.710 casos prováveis em todo o Brasil, uma queda de 17,6% em comparação com o mesmo período de 2020 no país. Porém, as únicas regiões que registraram aumento no número de casos de zika, em relação ao ano anterior, foram as regiões Norte (28,3%) e Sul (36,6%).

Números gerais

No caso da dengue, o Brasil registra tendência de queda no número de casos e óbitos em 2021 em comparação com o ano anterior. Até novembro, foram notificados 494.992 casos, o que representa uma queda de 46,6% em comparação com o mesmo período de 2020, que registrou 927.060 casos. Já o número de óbitos pela doença apresenta uma redução de 62% dos óbitos confirmados. Em 2021 foram 212, enquanto 2020 registrou 564 óbitos.

Com relação aos casos e óbitos pela chikungunya o número de casos aumentou em 2021, diferente do número de óbitos que caiu 64%. Este ano, foram registrados 90.147 casos e 10 óbitos em todo o País. Todas as regiões apresentaram aumento nas notificações em comparação com o ano de 2020, sendo a Região Sudeste a com maior incidência. Os três estados que mais registraram casos da doença foram Pernambuco (29,7 mil), São Paulo (18,1 mil) e Paraíba (9 mil), respectivamente.

Medidas adotadas pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde tem tratado as arboviroses com prioridade, ainda que enfrentando uma pandemia como a da Covid-19. A pasta tem dado apoio técnico, além da oferta de insumos para o combate ao vetor. Até novembro deste ano, foram adquiridos mais de 80 milhões de tabletes do larvicidas, dos quais, mais de 21 milhões já foram distribuídos aos estados e ao Distrito Federal. A expectativa é que em 2022 sejam adquiridos mais de 84 milhões de tabletes.

Além disso, mais de 277 milhões de litros do adulticida foram adquiridos e 165 milhões de litros distribuídos às unidades federadas. Outra medida adotada pelo Ministério da Saúde foi a aquisição de mais de 22 mil quilos do inseticida utilizado em pontos estratégicos. Desses, mais de 5 mil quilos foram distribuídos.

Ações para combate ao mosquito

Ações simples podem ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti e o segredo está nos cuidados com os diferentes ambientes, principalmente no quintal de casa. Toda comunidade precisa estar ciente que é papel de todos evitar a proliferação do Aedes aegypti. Entre as medidas que podem ser adotadas estão: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de planta; manter a caixa d’água sempre fechada e realizar limpezas periódicas; vedar poços e cisternas; descartar o lixo de forma adequada. Os gestores devem também reforçar a limpeza urbana, promover ações educativas nas escolas e estimular ações conjuntas entre diversos setores como saúde, educação, saneamento e meio ambiente, segurança pública, entre outros.

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