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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Prato do dia: Tutu de Propósitos

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publicado em 31/08/2021 às 10h45
atualizado em 31/08/2021 às 07h53

A propósito ou de propósito, não sei o que vou escrever hoje. Os propósitos não se dividem em úteis ou inúteis. Eu vi isso na série “Sombras da Guerra”, na Berlim de 1946, uma personagem cruel dizer a uma menina, que ninguém é inútil. Não faz sentido.

Ser justo ou injusto tem um propósito? Quero ser justo, mas não há decálogos que cheguem. Não matarás não é um propósito de vida, é uma regra, mas matar é uma questão milenar.

A pessoa está parada, andando olhando o celular, deu bobeira, perdeu o celular ou a vida.

Escrever pode ser um propósito. Tipo, onde queres eunuco, garanhão.

Amar uma pessoa deve ser um propósito compartilhado. Tipo – Vida, minha vida, olha o que é que eu fiz. Não fiz.

Sabe-se que uma vez começado jamais poderemos continuar como se nunca tivesse iniciado. Eu quero bis.

Um parágrafo é o quanto basta para traçar um laço entre uma transa e a sua transformação em algo maravilhoso. Tipo – Não quero luxo nem lixo, quero saúde pra gozar no final. E tem final feliz?

O tempo como propósito não existe. O que conseguimos não é o tempo em que suportamos a vida, até porque a vida presta. Eu queria ser invulnerável.

A dor ou a paz têm isso em comum: terem o propósito de ser suportados. Duração. Tipo – Longa é tarde, tão breve a vida.

Para além do apresentável, mas a caminho de uma coisa e outra, ser outra coisa que os degrada e nos rouba como experiência errada, eu não sou o Tao. Tipo, com que roupa eu vou ao samba que você me convidou?

Um parágrafo não é nada perto do propósito de argumentar. Quem não argumenta, não se sustenta.

A vida enquanto propósito pode ser uma escultura faltando um pedaço.

Uma mentira breve, não é uma mentira propositalmente, é a única verdade do que podemos compreender uma coisa quando é outra.

Existe um propósito surrealista? É. Mas podia não ser, exemplos não faltam.

A mesma capacidade de inteligência pode não ser a criatividade, resultados diferentes importam.

Talvez histórias diferentes, talvez não, porque todas as histórias são diferentes, iguais do que parecem ou parecidas de propósito. Não sei.

Seguimos o que compõem a cena, mesmo que sejam diferentes.

Destino e acaso. A propósito, não estou conseguindo terminar meu texto de hoje.

Às vezes eu me abstraio, mas é de propósito.

Fiquem com as Kapetadas

1 – Quer ganhar todas as discussões? Discuta só com quem não tem razão.

2 – O penhor dessa igualdade conseguimos conquistar com braço forte. A propósito qual igualdade?

3 – Som na caixa: “Quem me dera agora/eu tivesse a viola
pra cantar”, Edu Lobo

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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