Dirigente do PSB afirma que gostaria de dar veneno aos advogados de Bira

A pressão de centenas de militantes mais uma vez motivou o cancelamento da reunião do Conselho de Ética do PSB, que retomou nesta terça-feira (11) o julgamento do vereador Bira, ameaçado de expulsão pelo partido. O clima de tensão entre a cúpula peessedebista e o grupo do parlamentar chegou a um ponto tão insuportável que o 2º suplente do Conselho Tiago Fonseca (agora relator do processo) afirmou que, se pudesse, daria dois copos de veneno aos advogados de defesa de Bira, Gabriel Honorato e Antônio do Vale.

Segundo testemunhas, a reunião passou a ficar tensa quando os representantes jurídicos do vereador foram impedidos pelo relator de interrogar um dos depoentes, sem – segundo os advogados – qualquer embasamento legal ou justificativo convincente. Inconformados com a truculenta atitude, os aliados do parlamentar passaram a exigir imparcialidade do representante do partido, que ficou visivelmente alterado com a cobrança.

“Ele estava completamente descontrolado. Não tem a menor condição de conduzir um processo que deveria ser, no mínimo, imparcial”, reclamou um dos representantes do vereador.

Impondo a culpa ao grupo do parlamentar (que continuava a cobrar direito de defesa justo) o relator – após interferência do presidente estadual da sigla, Edvaldo Rosas – decidiu encerrar mais uma vez a reunião.

“Vamos continuar respondendo à altura, denunciando esse processo de golpe e perseguição direcionado a mim”, disparou Bira.

Assessoria

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