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depoimento na cpi

Negociações de vacinas eram destinadas a mercado privado, defende-se ex-assessor

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publicado em 04/08/2021 às 11h00
atualizado em 04/08/2021 às 08h35
Marcelo Blanco, ex-assessor do Ministério da Saúde

Brasília –Wallison Bezerra/MaisPB

O ex-assessor do Ministério da Saúde, coronel Marcelo Blanco, afirmou na manhã desta quarta-feira (04), durante depoimento na CPI da Pandemia no Senado Federal, que as negociações para a compra de vacinas contra à Covid-19 se destinavam ao mercado privado.

Exonerado em janeiro, o militar participou de jantar em restaurante em Brasília onde teria sido feita proposta de pagamento de propina na comercialização de doses da vacina AstraZeneca.

Blanco disse que quis se antecipar para implantar um “negócio”.

“A gente percebeu um movimento do parlamento para debater uma pauta dessa [vacina para empresas], e aí eu estava querendo construir um modelo de negócio”, pontuou.

O coronel chegou a mostrar uma conversa com Luiz Paulo Dominguetti que, segundo o ex-assessor, comprovaria que as negociações eram voltadas ao mercado privado, não à propina para venda de vacina ao Ministério da Saúde.

O presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), questionou à negociação.

“Caracteriza que o senhor saberia que poderíamos aprovar essa lei. Como se vai antecipar em janeiro a compra de vacina para o setor privado e depois o senhor tem uma reunião no shopping com membros do governo que eram servidores. O senhor não acha que foi muito açodado? O senhor pela experiência de vida e logística, a primeira coisa que o senhor teria por obrigação era pesquisar que empresa era essa. É estranho que o senhor tenha feito isso sem saber”, criticou.

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