João Pessoa, 02 de agosto de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Desde o último dia 18, um mistério vem sendo investigado pela polícia. A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) acordou cheia de hematomas, fraturas e numa poça de sangue. O que parecia ser uma queda da cama, enquanto dormia, se tornou um caso sem explicação e que pode estar relacionado ao uso de medicamentos para dormir. A parlamentar, que não descarta ser vítima de um atentado, afirmou que toma o zolpidem, substância hipnótica usada para induzir o sono.
Após o caso, surgiram inúmeros depoimentos de pessoas que tiveram crises de sonambulismo, acompanhadas de apagões de memória e até a ocorrência de acidentes de carro, após o uso do medicamento. Joice descarta agressão doméstica e as câmeras do prédio em que vive não registraram a presença de pessoas estranhas ou mesmo a saída da deputada.
A parlamentar relatou que, na noite anterior, estava assistindo a uma série com o marido e tomou seu “remedinho para dormir”. Segundo Joice, ele foi para o quarto, e ela continuou a ver TV, mas não se lembra do que ocorreu depois. No dia seguinte, acordou no chão, machucada, sem saber o que aconteceu. Segundo sua assessoria de imprensa, “os médicos descartaram a possibilidade de uma queda acidental” ter provocado as escoriações.
O remédio usado por Joice é o Stilnox, remédio à base de zolpidem, desenvolvida há 30 anos, de início para regular o jet lag de pessoas que fazem viagens internacionais, a substância é considerada segura pelos médicos desde que usada de acordo com as indicações da bula, na dose certa e por tempo adequado. Entretanto, cerca de 5% dos pacientes que fazem uso do hipnótico zolpidem estão sujeitos a diminuição ou perda total da memória (amnésia).
Casos de pessoas que ficaram no ‘automático’ após o uso prolongado do medicamento já foram registrados. A deputada diz que toma a medicação há 20 anos. Médicos afirmam que a pessoa pode ficar num estado de semiconsciência, também chamado de crepuscular, que se parece com o estágio de transição do sono para a vigília. Ou seja, elas fazem coisas e não lembram de nada, situação que não está descartada na parlamentar.
MaisPB com informações da Folha
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