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Antônio Colaço Martins Filho é chanceler do Centro Universitário Fametro – UNIFAMETRO (CE). Diretor Executivo de Ensino do Centro Universitário UNIESP (PB). Doutor em Ciências Jurídicas Gerais pela Universidade do Minho – UMINHO (Portugal), Mestre em Ciências Jurídico-Filosóficas pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto (Portugal), Graduado em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Autor das obras: “Da Comissão Nacional da Verdade: incidências epistemiológicas”; “Direitos Sociais: uma década de justiciabilidade no STF”. E-mail: [email protected]

Disrupção na educação superior. Parte 2

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publicado em 17/05/2021 às 07h08

Noutra ocasião (artigo “Disrupção na educação superior”), exprimi a visão de David L. Rogers sobre os elementos necessários para que um modelo de negócio seja disruptivo. Explorei, então, o primeiro elemento – proposta de valor superior às dos concorrentes. Este texto trata da diferenciação no âmbito da value network, segundo elemento impulsionador da disrupção.

A value network é constituída por clientes, parceiros, recursos variados, processos, canais, marcas, estruturas de custos, dados e outros. Através desses componentes da value network, a empresa que busca um modelo de negócio disruptivo consegue criar, entregar e absorver valor.

No que diz respeito ao componente da estrutura de custos, a legislação educacional permite que as instituições de ensino superior adotem biblioteca virtual e funcionem em ambientes profissionais, o que pode gerar uma considerável redução de custos. Além da economia de custos, visumbra-se, o fortalecimento de parcerias entre as faculdades e empresas dos mais variados setores. Dessa interação podem surgir experiências de aprendizagem que se aproximam do duale studium alemão e do Talent Growth Curriculum, da School of International Business and Entrepreneurship (SIBE), sem prejuízo de modelos diferentes dos citados.

O modelo de negócio disruptivo também pode se diferenciar por meio dos seus canais – online, offline, uso de parceiros, venda direta etc. Nesse passo, a iniciativa bosquejada no parágrafo anterior também aprimora os canais através dos quais as faculdades se relacionam com as partes interessadas (alunos, famílias, empregadores, entre outros). Quanto maior é a interação entre empresas e instituições de ensino, mais aquelas se revelam como um canal de relacionamento com os clientes e a sociedade em geral.

Essas são apenas algumas das inúmeras possibilidades que emergem ao se pensar nos componentes da value network para criar um modelo de negócio disruptivo na educação superior. As gestoras da educação superior particular beneficiariam muito as respectivas instituições ao levarem para discussão com seus pares cada um dos componentes acima referidos. Oxalá as instituições de pequeno e médio porte consigam fortalecer sua value network, com vistas a garantir sua sobrevivência e evitar o fortalecimento do oligopólio no setor educacional brasileiro.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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