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URGÊNCIA

Anísio quer Fundo para combater os efeitos da seca

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publicado em 22/10/2012 ás 09h54

A criação de um Fundo Constitucional de Combate aos Efeitos da Seca no Nordeste. Esta é a proposta apresentada pelo deputado estadual Anísio Maia (PT) para tentar acabar com os problemas que o período de estiagem causa no Sertão da Paraíba e demais estados da Região. Segundo o parlamentar, as medidas tomadas pelo Governo Federal são pequenas diante do problema e as anunciadas pelo Governo Estadual da Paraíba são propagandas enganosas.

Anísio Maia informou que o problema da seca vem se agravando de forma preocupante.“Durante o período eleitoral visitei várias cidades no interior da Paraíba, e, infelizmente, constatei cenas que achei que não fosse mais ver: carcaças de animais deterioradas na beira da estrada, animais mortos pela falta de abastecimento de água e por fome. Um daqueles cenários que víamos relatados em livros de Graciliano Ramos e outros autores”, disse.

O deputado revelou em seu discurso que o Fundo Constitucional seria a única solução no momento para combater o problema e explicou como seria o seu funcionamento. “Temos que lutar por um Fundo Constitucional, alimentado de recursos para o Nordeste de forma permanente. Seria destinada uma porcentagem do orçamento, algo regulamentado de forma efetiva em lei. Ele seria utilizado para ações de combate aos efeitos da seca. Não teríamos mais uma ação de propaganda, e sim uma ação efetiva do Estado”, disse. De acordo com o parlamentar, a destinação dos recursos seria discutida com entidades ligadas à área rural, profissionais, produtores, e toda a classe interessada.

O parlamentar afirmou ainda que o Governo do Estado tem que agir de forma efetiva e não apenas fazer propagandas. “Há quatro meses, antes de eu sair de licença, o Governo Estadual estava fazendo a maior propaganda afirmando que iria recuperar três mil poços artesianos. Alguém viu algum poço ser recuperado até agora? Viajei muito durante este tempo de campanha, perguntei a várias pessoas e ninguém viu. Assim como outras ações emergenciais não foram feitas. Até a ração que está distribuindo é uma piada. São apenas 19 mil toneladas e selecionaram 20 mil produtores. Quer dizer que cada produtor vai receber 900 quilos de ração para fazer face a três meses de seca. Se o produtor tiver 10 vacas e são 10 quilos por dia, ele disporá, portanto, de um quilo por animal. Só serve se for para criar coelho ou mocó, para animal grande não. É insuficiente e é mais uma propaganda enganosa”, afirmou.

MaisPB

com assessoria do parlamentar

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