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O último dos moicanos (II)

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publicado em 13/04/2020 às 10h53

No texto anterior – a parte I de “O último dos moicanos” – conclui lembrando o artigo que Martinho Moreira Franco escrevera em A União, edição do domingo, dia 5, titulando-o “Amanhã será outro dia”. E naquele texto eu  já dissera que, embora o foco de tal artigo escrito por Martinho tivesse sido a passagem de seu próprio 74º aniversário natalício, aquele título expressava, também, a esperança de que nesse “amanhã” o Correio da Paraíba possa ressurgir, embora tenha, em nota oficial, informado  que sua última edição fora a de 4 de abril recente.

“O último dos moicanos”, aqui na Paraíba, corresponde, portanto, ao Jornal A União, que já circula há 127 anos, contando, em favor de sua sustentabilidade econômica, com o apoio do Governo do Estado, obviamente. E essa continuidade de A União certamente estimula não só o ressurgir do Correio da Paraíba, mas, igualmente, o (res)surgir dos demais e dos que ainda têm a mídia impressa  como o formato comunicativo de maior fixação. Há até quem diga que “a comunicação sem o jornal impresso seria como uma Academia de Letras  sem o livro” (em papel).

Recebi, antes mesmo de liberar a publicação da parte I deste texto, telefonemas de amigos perguntando se era verdade o encerramento das atividades do Correio da Paraíba, porque – diziam esses amigos – lembraram logo de mim em função dos artigos que no referido jornal escrevi desde 1990. Um desses amigos, Eduardo, até se lembrou que fora ele quem passara fax para o SBT com o artigo que eu escrevera sobre “O Cordel de Jô Soares” e que o próprio Jô leu-o em seu então programa “Jô Soares onze e meia” e pediu desculpas aos paraibanos, dizendo  que não pretendera falar mal  dos paraibanos  ao escrever na revista Veja e ler em seu programa – ele, Jô, com viola e chapéu de vaqueiro – “O cordel de Ronaldo e Burity”.

Voltando ao “O último dos moicanos” e reiterando que este corresponde, sim, neste tempo, à A União, contenta-me que esse veículo, já reconhecido como de excepcional valor cultural, demonstra mais comprometimento com os paraibanos quando, em um dia como em um sábado de páscoa, portanto antecedido de uma sexta feira santa (feriado), encontramo-lo nas bancas de revistas. Isto é mesmo extraordinário e me estimula a, brevemente, retornar a escrever sobre este “último dos moicanos”.

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