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Abacaxi, leite de cabra e cachaça ajudam Paraíba

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publicado em 25/10/2019 às 13h58
atualizado em 25/10/2019 às 15h28

Dados do Censo Agropecuário de 2017, divulgados nesta sexta-feira (25), mostram uma queda no número de estabelecimentos, do pessoal ocupado na atividade agrícola e na agropecuária em todo o país e, na Paraíba, a realidade não é diferente apesar de alguns itens terem se mantido no ranking de produção. O total de pessoal ocupado em estabelecimentos agropecuários na PB caiu 13,9%.

“Nós fomos, durante nossa coleta, atingidos por cinco aos de seca consecutiva e esses números quase todos vão mostrar um declínio na atividade agropecuária em relação ao Censo de 2006”, destacou o coordenador técnico do Censo Agropecuário do IBGE, José Rinaldo de Souza.

Mesmo assim, produtos mantiveram a Paraíba na rota da competitividade. “O abacaxi está ocupando o segundo lugar de produtor do Brasil, atrás de Minas Gerais e à frente do Pará. Essa posição foi mantida. Na produção de leite de cabra, a Paraíba foi o maior produtor com 5,5 milhões de litros. Na produção de aguardente e cachaça, o Estado é o sexto maior produtor com 3 milhões de litros e a produção de camarão aumentou 23% em relação ao Censo de 2006”.

De acordo com José Rinaldo, a baixa produtividade em alguns itens pode levar a ausência e elevar o custo de alguns produtos. “Com a baixa produção de alimentos claro que haverá escassez e pode ter aumento no valor para o consumidor”, explica, acrescentando que isso também pode refletir no PIB, uma vez que a agropecuária da Paraíba corresponde a 5% a 6% do Produto Interno Bruto do Estado. “Essas informações são disponibilizadas para empresa de pesquisas, projetos e autoridades em geral para servir para tomarem decisões e planejar melhorias para o setor no país”, salientou.

Outro números – A mecanização alterou o perfil do trabalho no campo e influenciou a diminuição de mão de obra no setor nos últimos 11 anos no país. A pesquisa mostrou que o número de estabelecimentos com tratores aumentou 50% em relação ao último Censo, realizado em 2006. Durante esse mesmo período, o setor agropecuário perdeu cerca de 1,5 milhão de trabalhadores. O pessoal ocupado nos estabelecimentos agrícolas diminuiu 8,8%, indo de 16,6 milhões de pessoas em 2006 para 15,1 milhões em 2017. Esse número inclui a perda de 2,2 milhões de trabalhadores na agricultura familiar e aumento de 703 mil na agricultura não familiar. Houve uma redução de 9,5% no número de estabelecimentos classificados como de agricultura familiar nos últimos dez anos. O setor representa 47% do valor total da produção na Paraíba.

Albemar Santos/Thais Cirino

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