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EGITO

Juiz desiste de julgar Mubarak e transfere o caso à corte de apelação

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publicado em 13/04/2013 às 11h14

O juiz Mustafa Hassan Abdullah desistiu, neste sábado (13), de julgar o ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, pela morte de manifestantes na revolução de 2011 e transferiu a causa a um tribunal de apelação para a designação de uma nova instância para fazer o julgamento.

Segundo explicaram à Agência Efe fontes da acusação, esse mesmo tribunal absolvera anteriormente os acusados da denominada "batalha do camelo" durante a revolução, pelo que Abdullah assinalou sentir-se "incomodado" com a causa de Mubarak na abertura da repetição do processo.

O ex-presidente egípcio chegou à Academia de Polícia, nos arredores do Cairo, no início da manhã. A TV egípcia informou que um helicóptero transportou o ex-líder do hospital militar de Maadi até a academia policial, onde foram desdobradas fortes medidas de segurança para manter a ordem entre dezenas de simpatizantes e opositores de Mubarak.

Em meio a um tenso ambiente, os simpatizantes do ex-presidente mostraram fotos de Mubarak e entoaram lemas a seu favor, enquanto seus detratores levaram imagens dos mortos durante a revolução que o derrubou do poder.

Segundo as imagens divulgadas pela televisão local, Mubarak entrou no tribunal deitado em uma maca, tal qual fizera no processo anterior.

Com 84 anos, o ex-presidente egípcio por três décadas se trata em um hospital militar como consequência dos ferimentos sofridos após cair no banho em dezembro, na prisão de Tora, onde cumpria prisão perpétua pela morte de manifestantes.

Um tribunal de apelação ordenou em janeiro a anulação dessa condenação e a repetição do processo contra Mubarak e o ex-ministro do Interior Habib al-Adly.

Também haverá um novo julgamento para seis ajudantes do ministro que haviam sido absolvidos.

A corte admitiu os recursos apresentados pela defesa, para quem a decisão de 2 de junho de 2012 não contava com provas suficientes, e os da Promotoria, que exigia pena de morte para os acusados.

Além disso, será repetido o julgamento de Mubarak, de seus dois filhos, Alaa e Gamal, e do empresário Hussein Salem por enriquecimento ilícito e por favorecer a exportação de gás a Israel por preços abaixo do valor de mercado.

G1

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