João Pessoa, 17 de abril de 2013 | --ºC / --ºC
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O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) resolveu ceder à pressão inflacionária e aumentou para 7,5% a taxa básica de juros da economia (Selic) nesta quarta-feira, sem viés. O aumento de 0,25 ponto porcentual (p.p.) é o primeiro desde julho de 2011 – quando o BC subiu pela última vez os juros, antes de iniciar uma trajetória inédita de cortes. De lá pra cá, a Selic passou de 12,5% para 7,25%, antes do aumento desta quarta.
No comunicado que acompanhou a decisão, o BC reconheceu que a inflação já constitui um risco para a economia. "O Comitê avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. Por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela", informou o BC.
Votaram pela elevação os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques. Já os diretores Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva votaram pela manutenção da Selic no patamar de 7,25%.
Analistas ouvidos pelo site de VEJA esperavam uma elevação de, pelo menos, 0,25 ponto percentual nos juros, numa tentativa de conter, sobretudo, a inflação de 2014. Para 2013, é consenso entre os economistas entrevistados que os juros já não são mais eficazes, pois demoram de 6 a 9 meses para começar a surtir efeito na economia. No entanto, a decisão de hoje é um primeiro passo para que o BC recupere parte de sua capacidade de ancorar expectativas.
Desde que o regime de metas foi criado, em 1999, a taxa básica de juros é o instrumento primordial usado no controle inflacionário. Quando a Selic sobe, impacta diretamente no custo do dinheiro e os juros bancários sobem – causando um esfriamento da atividade econômica e, consequentemente, do consumo. A demanda por bens e serviços cai porque há menos pessoas e empresas consumindo – com isso, os preços tendem a cair também.
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CABEDELO - 13/11/2025