João Pessoa, 15 de maio de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
ESTADOS UNIDOS

Ex-nora de sequestrador fala sobre ‘jogos psicológicos’

Comentários: 0
publicado em 15/05/2013 às 10h20

 Monica Stephens, ex-nora de Ariel Castro, o americano de origem porto-riquenha que manteve três mulheres reféns durante 10 anos em Cleveland (Ohio), disse em uma entrevista à CNN que nunca se sentiu à vontade perto do ex-sogro porque ele fazia “jogos psicológicos” com a família. A ex-mulher de Anthony Castro disse que nunca quis se aproximar do ex-sogro por causa das histórias que seu ex-marido e sua ex-sogra contavam.

“Eu nunca tive vontade de conhecê-lo pessoalmente”, disse Monica em um programa da CNN que foi ao ar na noite de terça-feira. “Meu ex-marido e minha ex-sogra me contaram histórias de como ele os havia espancado, prendido e tratado como reféns”.

Monica disse que Anthony Castro sofria abusos em casa desde a infância, e que o monstro de Cleveland continuou espancando sua mulher, Grimilda Figueroa, até mesmo depois que ela foi operada no cérebro. “Ele continuou a bater nela, na cabeça. Ou ele a chutava ou a agredia com um cano”, contou. “Eu não acho que conseguiria contar quão horríveis são algumas histórias”. Grimilda teria operado um coágulo no cérebro após os sucessivos espancamentos de Castro.

Além das agressões, Castro brincava com o psicológico dos seus familiares, segundo ela. Enquanto estava casada, Monica visitou a casa de Ariel Castro, e contou que ficava nervosa com a obsessão do ex-sogro de deixar as portas internas trancadas. “Eu acho que não ficamos mais de 20 minutos lá, não foi normal. Ele me deu arrepios”, disse.

Amanda Berry, Michelle Knight e Gina DeJesus foram mantidas reféns na casa de Castro durante uma década. Elas contaram que foram acorrentadas no porão em um primeiro momento, mas depois foram transferidas para os quartos do segundo andar da casa. As mulheres não poderão dar mais detalhes do cativeiro em entrevistas até o fim da investigação criminal contra Castro.

Amanda Berry, sequestrada há dez anos, quando tinha apenas 16 anos de idade, encerrou o pesadelo dela e de outras duas mulheres, Gina DeJesus e Michelle Knight, ao colocar o braço em um buraco na porta principal da casa que era usada como cativeiro e pedir ajuda. Um vizinho a ajudou a sair e ela ligou para a polícia para pedir ajuda. Amanda saiu da casa com uma garota de 6 anos, que, segundo a polícia, é filha de um dos sequestradores. Além dela, também foram libertadas outras duas mulheres, Gina DeJesus, que tinha 14 anos quando sumiu em 2004, e Michele Knight, que tinha sido vista pela última vez em 2002, aos 21 anos.

Três irmãos foram detidos por envolvimento no sequestro das três mulheres. O chefe da polícia de Cleveland, Michael McGrath, disse em entrevista coletiva que Ariel Castro, de 52 anos, e seus dois irmãos, Pedro Castro, 54 anos, e Oneil Castro, 50 anos, estão sob custódia.

Veja.com

Leia Também